O anúncio foi feito hoje pela Comissão Europeia, que em comunicado dá conta da "intenção de aumentar o financiamento para acelerar o desenvolvimento e a administração de vacinas e outras ferramentas anticovid-19 em África, com um apoio adicional de 400 milhões de euros".
No dia em que a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, participou numa cimeira global sobre a covid-19, realizada virtualmente e coorganizada pelos Estados Unidos da América e que contou com o Senegal, que preside à União Africana, Bruxelas anuncia também "uma contribuição de 427 milhões de euros para o Fundo Global de Preparação de Pandemias, a fim de apoiar os esforços de prevenção e melhor resposta a futuras pandemias" no mundo.
Em fevereiro passado, a Comissão Europeia disse querer "uma África pronta a enfrentar não só a covid-19", como também outras doenças, anunciando uma ajuda financeira de 125 milhões de euros aos países africanos para vacinação, além dos 100 milhões anteriormente prometidos.
Hoje, ao divulgar o reforço das verbas, Ursula von der Leyen vincou que "o fornecimento de vacinas deve andar de mãos dadas com uma entrega rápida, especialmente em África".
"A prioridade hoje em dia é garantir que cada dose disponível seja administrada. E porque sabemos que a melhor resposta a qualquer potencial crise sanitária futura é a prevenção, estamos também a intensificar o apoio para reforçar os sistemas de saúde e as capacidades de preparação", adiantou Ursula von der Leyen.
O apoio financeiro para África hoje divulgado, no âmbito do programa Equipa Europa, divide-se em 300 milhões de euros de apoio à vacinação em África através das instalações da Covax e de outros parceiros e em 100 milhões de euros para acesso a meios de diagnóstico, terapêuticas e reforço dos sistemas de saúde.
Acresce um montante de 427 milhões de euros para o Fundo Global de Preparação de Pandemias, que irá mobilizar verbas para a preparação e resposta a pandemias, visando evitar o impacto da covid-19 ao nível sanitário e socioeconómico no futuro.
A UE e os seus Estados-membros estão entre os maiores doadores de vacinas anticovid-19 aos países de baixo e médio rendimento.
Dados de Bruxelas revelam que, até 03 de maio passado, os países da UE tinham partilhado no total mais de 470 milhões de doses de vacinas covid-19, das quais mais de 366 milhões já tinham sido entregues aos destinatários.
Também até essa data, o mecanismo de acesso mundial às vacinas contra a covid-19, Covax, entregou 1.436 mil milhões de doses a 145 países.
E, no total, a UE exportou 2,2 mil milhões de doses para países parceiros.
Em termos de ajuda financeira, a UE e os seus Estados-membros já mobilizaram mais de mil milhões de euros para desenvolvimento de vacinas e outras ferramentas anticovid-19 em países de baixo e baixo rendimento.
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