Uma solução concentrada de sulfureto de hidrogénio poderá estar agora no Mar de Azov, como resultado dos bombardeamentos russos à fábrica de Azovstal em Mariupol, região de Donetsk.
A informação é avançada no canal de Telegram da Câmara Municipal de Mariupol, esta quarta-feira.
"O bombardeamento da Azovstal poderá ter danificado uma estrutura técnica que retém dezenas de milhares de toneladas de uma solução concentrada de sulfureto de hidrogénio. Uma fuga deste líquido irá matar completamente a flora e fauna do mar de Azov. Além disso, substâncias perigosas podem entrar nos Mares Negro e Mediterrâneo", disse.
O Presidente da Câmara de Mariupol, Vadym Boichenko, anunciou a necessidade de admissão imediata de peritos internacionais e da ONU nas instalações para estudar a situação e prevenir um desastre ambiental de classe mundial.
O líder separatista da região ucraniana de Donetsk, Denis Pushilin, confirmou à agência estatal russa RIA Novosti que os ocupantes planeiam demolir o complexo industrial de Azovstal para fazer um "negócio de resorts".
Segundo as autoridades da cidade citadas pelo jornal Ukrayinska Pravda, "os russos estão a destruir preventivamente um importante complexo industrial para a Ucrânia", sendo que querem apagar qualquer lembrança do feito heroico dos militares ucranianos que ali estiveram naquele complexo.
A Câmara Municipal de Mariupol enfatiza ainda que os ocupantes não estão interessados na restauração e desenvolvimento de Mariupol, porque para eles é apenas um território que serve como corredor para a Crimeia.
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