O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscovo se vai concentrar no aprofundamento de laços com a China, indo considerar caso o Ocidente queira restabelecer relações futuramente.
"Se eles [o Ocidente] quiserem oferecer algo em termos de retoma das relações, consideraremos seriamente se precisaremos disso ou não", disse Lavrov, num discurso transcrito, que foi divulgado no site do Ministério.
O governante russo acusa ainda o Ocidente de assumir uma “posição de ditador”.
"Agora que o Ocidente assumiu uma posição de ditador, os nossos laços económicos com a China vão crescer ainda mais rápido", acrescentou, destacando que a China é detentora de tecnologias que não são “inferiores às do Ocidente”.
"Devemos deixar de depender, de qualquer forma, do fornecimento de absolutamente tudo do Ocidente para garantir o desenvolvimento de setores criticamente importantes para a segurança, a economia ou a esfera social de nossa pátria", acrescentou.
Lavrov assegura também que a Rússia contará "apenas" consigo própria e com os países "que provaram ser confiáveis".
É de realçar que se assinalam, esta terça-feira, três meses desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro. Segundo a ONU, já morreram mais de três mil civis, havendo a probabilidade de o número real de vítimas mortais ser muito maior.
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