Direitos humanos? Alemanha recusa apoiar investimento na China
O governo alemão recusou pela primeira vez apoiar investimentos na China, devido à situação dos direitos humanos na província de Xinjiang, no noroeste, indicou na sexta-feira o ministro da Economia alemão, Robert Habeck.
© EUTERS/Christian Mang/File Photo
Mundo Xinjiang
Este governante evocou mesmo a possibilidade de sanções contra dirigentes locais.
"Uma empresa com atividades na província dos uigures desejou prolongar as garantias (públicas) dos investimentos", mas que o governo alemão "não validou", disse o ministro ao jornal Die Welt.
"Esta foi a primeira vez que as garantias de investimento não se realizam por razões de direitos humanos", acentuou.
Sem estas garantias, uma empresa assume todo o risco financeiro de um projeto no estrangeiro.
Nem Habeck nem o seu ministério detalharam qual foi a empresa à qual foi recusado o apoio.
Citando fontes não identificadas, a revista Der Spiegel avançou que se trata da Volkswagen.
O segundo construtor automóvel mundial abriu em 2013 uma fábrica em Urumqi, a capital da província do Xinjiang, onde as autoridades chinesas são acusadas de reprimirem as minorias muçulmanas, em particular os uigures.
Fontes ocidentais acusam Pequim de ter internado mais de um milhão de uigures e membros de outros grupos étnicos muçulmanos em "campos de reeducação", impor mesmo "trabalho forçado" e fazer "esterilizações forçadas". Os EUA falam mesmo em "genocídio".
A China fala, por seu lado, em "centros de formação profissional" destinados a erradicar o extremismo.
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