Borrell confiante que será atingido acordo para embargo a petróleo russo

Líderes da União Europeia reúnem esta segunda-feira para decidir mais sanções contra o Kremlin, mas alguns países continuam intransigentes no que diz respeito à dependência na energia russa.

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Notícias ao Minuto
30/05/2022 10:20 ‧ 30/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

União Europeia

O chefe da diplomacia, Josep Borrell, mostrou-se esta segunda-feira confiante que os líderes da União Europeia (UE) vão conseguir chegar a um acordo sobre o embargo ao petróleo russo, logo no primeiro dia da cimeira.

Entre segunda e terça-feira, os líderes dos países da UE vão estar reunidos para falar unicamente sobre a Ucrânia e sobre questões de energia, segurança alimentar e defesa.

Em entrevista à televisão France Info, citada pelo The Guardian, Josep Borrell salientou que qualquer decisão tem de ser unânime, mas mostrou-se mais otimista do que no domingo.

"Houve conversas difíceis ontem [domingo] à tarde, assim como esta manhã. Acho que esta tarde seremos capazes de oferecer aos chefes de Estado um acordo", afirmou.

A liderança europeia procura acabar com a dependência da UE quanto ao petróleo russo, com o objetivo de deixar de financiar a máquina de guerra do Kremlin. No entanto, países mais dependentes, como a Eslováquia, a República Checa e, especialmente, a Hungria, continuam a impedir a concretização de um acordo.

Sobre esta intransigência dos países que resistem à proposta de embargo, Josep Borrell afirmou que um acordo "tem de ter em conta as circunstâncias individuais de toda a gente envolvida" e acrescentou que os três países vão ter "mais tempo para se ajustarem" a uma transição energética.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 4.000 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em regiões sitiadas ou tomadas pela Rússia.

Leia Também: Unidade da UE quanto às sanções começa "a ruir", diz Alemanha

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