MNE chinês visita Tonga no périplo pelas nações insulares do Pacífico
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, chegou hoje ao Tonga, parte de um périplo pelas nações insulares do Pacífico Sul, após ter falhado o objetivo de firmar um acordo de cooperação multilateral abrangente com a região.
© Reuters
Mundo China
Wang não conseguiu obter consenso sobre um acordo multilateral de cooperação económica e no âmbito da segurança durante uma reunião nas Fiji com os homólogos das Ilhas Salomão, Kiribati, Samoa, Fiji, Tonga, Vanuatu, Papua Nova Guiné, Ilhas Cook, Niuê e os Estados Federados de Micronésia.
O acordo multilateral, designado de Visão de Desenvolvimento Conjunto China -- Países Insulares do Pacífico, seria um importante pacto geopolítico, e suscitou preocupação na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.
No entanto, o governante chinês celebrou diversos acordos bilaterais com os países que visitou.
O Tonga continua a recuperar de uma enorme erupção vulcânica e um tsunami, que matou três pessoas em janeiro e destruiu centenas de casas.
O tsunami também cortou a ligação do país à rede, quando danificou um cabo submarino que levou cinco semanas para ser restaurado.
No Tonga, Wang Yi reuniu com o rei, Tupou VI, e o primeiro-ministro, Siaosi Sovaleni.
O ministro chinês assinou vários acordos com Sovaleni que abrangem quase todas as vertentes, desde a gestão de desastres até um projeto de melhoria do túmulo real.
O embaixador chinês neste reino polinésio, Cao Xiaolin, disse em comunicado que os dois países já têm laços estreitos em várias áreas, incluindo comércio, infraestruturas e energias renováveis.
O mesmo representante disse que a China disponibilizou vários programas de formação, que vão abranger cerca de 1.200 funcionários do governo tonganês.
"A relação entre a China e o Tonga é uma pérola brilhante", reforçou o embaixador.
O governo do Tonga informou, por sua vez, que os dois lados tiveram "conversas frutíferas" e agradeceu à China por enviar dois aviões militares e dois navios da Marinha para entregar ajuda após o tsunami.
A viagem de Wang está a suscitar preocupações entre algumas nações ocidentais, que se assumem como parceiras tradicionais destas nações insulares no Pacífico Sul.
Na semana passada, a Austrália enviou a nova ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, para as Fiji, numa tentativa de convencer o país a rejeitar acordos com a China no âmbito da segurança ou ciberespaço.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse na semana passada que a China representa uma ameaça a longo prazo maior do que a Rússia.
"A China é o único país com a intenção de reformular a ordem internacional -- e que tem, cada vez mais, o poder económico, diplomático, militar e tecnológico para o fazer", apontou na altura o chefe da diplomacia norte-americana.
Questionado sobre estas preocupações, Wang Yi disse que a China apoia há muito tempo os países em desenvolvimento, tanto no Pacífico, como em todo o mundo.
"O meu conselho para essas pessoas é: não fiquem muito ansiosos e não se enervem muito", concluiu.
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