Já foram confirmados mais de 550 casos de infeção pelo vírus Monkeypox em todo o mundo. De acordo com a última atualização do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), divulgada terça-feira, 31 de maio, tinham sido confirmados, até à data, 557 casos em países onde a doença não é endémica, dos quais mais de 300 na Europa.
Os dados mostram que há registo de casos em Portugal, Espanha, Países Baixos, Alemanha, França, Bélgica, República Checa, Reino Unido, Suíça, Finlândia, Malta, Eslovénia, Canadá, Austrália, Estados Unidos da América, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Israel, Tailândia e México.
Segundo o ECDC, o país que reportou mais casos a nível mundial foi Espanha, seguido de Portugal, com 120 e 96 casos, respetivamente. É contudo, de realçar, que estes dados estão já desatualizados, uma vez que em Portugal as autoridades de saúde confirmaram já 119 casos de infeção. Além disso, na terça-feira, 31 de maio, eram já 100.
O ECDC aponta para um total de 321 casos na Europa. No que diz respeito a estes casos “a maioria” são “homens jovens”, autoidentificados como homens que fazem sexo com outros homens.
“Não houve mortes. A apresentação clínica é geralmente descrita como leve, com a maioria dos casos apresentando lesões na genitália ou área perigenital, indicando que a transmissão provavelmente ocorreu por contato físico próximo durante as atividades sexuais”, lê-se.
O ECDC indica ainda que vários países relataram casos “que parecem estar ligados a eventos ocorridos em Espanha (Madrid e Ilhas Canárias) e na Bélgica (Antuérpia). No entanto, muitos países também relatam casos sem vínculo epidemiológico conhecido para viagens ao exterior, contacto com outros casos, animais ou participação em eventos específicos”.
Na semana passada, o balanço do ECDC - que recolhe os dados em site oficiais e na imprensa - dava conta de 219 casos em todo o mundo.
Recorde-se que, em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha os "indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço", a procurar aconselhamento clínico. Ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão "cobrir as lesões cutâneas".
Perante sintomas suspeitos, os doentes abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar "vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas".
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