No que respeita à Bielorrússia, foi decidido impor sanções a mais 12 indivíduos e oito entidades por violação dos direitos humanos e contínua repressão interna, que acrescem às já adotadas pelo envolvimento de Minsk na guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Segundo um comunicado do Conselho, a UE decidiu ainda sujeitar mais 65 indivíduos e 18 entidades russas às sanções impostas ao país em resposta à "contínua agressão militar injustificada e não provocada da Rússia contra a Ucrânia e outras ações que minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".
Esta decisão integra o sexto pacote de sanções à Rússia, esta sexta-feira formalizado, após a Hungria ter exigido a retirada do patriarca ortodoxo russo Cirilo da lista de pessoas a serem sancionadas.
Na lista de medidas restritivas da UE estão já 1.158 indivíduos e 98 entidades, sujeitos a congelamento de bens e, no caso das pessoas, interditos de entrar no espaço comunitário, sendo ainda proibida a disponibilização de fundos aos sancionados.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,8 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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