Guterres condena ataque "hediondo" a igreja na Nigéria que matou 22 fiéis

O secretário-geral da ONU, António Guterres, "condenou veementemente" o ataque "hediondo" de domingo a uma igreja no sudoeste da Nigéria, que causou a morte de 22 fiéis, incluindo crianças, de acordo com as autoridades.

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© POOL / Photo News via Getty Images

Lusa
07/06/2022 16:54 ‧ 07/06/2022 por Lusa

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Guterres "condena veementemente o hediondo ataque de 05 de junho à Igreja Católica de São Francisco em Owo, estado de Ondo, que deixou dezenas de civis mortos e feridos, enquanto as pessoas se reuniam para a cerimónia de Pentecostes", disse um dos seus porta-vozes, através de uma declaração emitida após os ataques.

"Os ataques aos locais de culto são desprezíveis", acrescentou, instando as autoridades nigerianas a fazer todo o possível para levar à justiça os responsáveis pelas mortes.

A polícia disse que os pistoleiros, "alguns disfarçados de fiéis" e carregando explosivos, atacaram os católicos na igreja de Owo, no final da manhã de domingo.

Dois dias após o assassinato, o país mais populoso de África ainda está em choque, à medida que os testemunhos dos sobreviventes começam a chegar.

Um padre e uma testemunha falaram à agência AFP sobre o ataque a que sobreviveram.

O padre Andrew Abayomi, que estava a celebrar a missa quando os atacantes invadiram a igreja, disse que ele e outras pessoas, incluindo crianças, se esconderam na sacristia durante cerca de 20 minutos, antes de saírem para encontrar a carnificina.

"Vi pessoas sem vida", incluindo uma "mulher que tinha sido baleada", disse, acrescentando que também viu restos humanos "despedaçados" por "dinamite".

Cerca de 40 pessoas feridas estão atualmente a ser tratadas em vários centros médicos da cidade.

Na sua cama de hospital, com a cara e o tronco escondidos por ligaduras, Bade Salawu contou que os fiéis "ouviram primeiro o som muito alto de uma arma", antes de descreverem o "caos" que se seguiu.

Os atacantes "não vieram para roubar (...) ou raptar ninguém, o seu objetivo era apenas matar e destruir", insistiu.

A Nigéria é flagelada por uma insurreição no nordeste e por bandos criminosos nas regiões noroeste e central. O sudoeste, onde o ataque ocorreu, costuma estar relativamente livre de violência.

Leia Também: Cravinho desloca-se a Nova Iorque e vai reunir-se com Guterres

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