Ucrânia. Zelensky aplica sanções contra Putin e todos os seus ministros

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto que impõe sanções pessoais contra líderes russos, incluindo o chefe de Estado, Vladimir Putin, e todos os seus ministros, devido à intervenção militar russa no seu país.

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Lusa
09/06/2022 20:53 ‧ 09/06/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Segundo as agências internacionais de notícias, as sanções, aprovadas pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, dirigem-se contra todos os membros do Governo e do Conselho de Segurança da Rússia, assim como contra o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Todos ficam impedidos de entrar na Ucrânia, veem os seus vistos e autorizações revogados e os seus ativos financeiros bloqueados.

O decreto entrou hoje em vigor, segundo uma cópia publicada na página eletrónica da Presidência ucraniana.

Zelensky assinou também uma diretiva que aplica sanções a 236 universidades e institutos de ensino superior russos, o que implica a suspensão de todos os intercâmbios e cooperação, e 261 reitores.

Em resposta a estas sanções, o ministro da Educação da Rússia disse que Moscovo não será dissuadido.

"A decisão de hoje do regime de Kiev revela a sua inabilidade para controlar a situação. É um gesto de desespero, que não consegue evitar a integração do Donbass e dos territórios libertados num espaço educativo único com a Rússia, disse Sergey Kravtsov à agência russa Interfax.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou que 4.302 civis morreram e 5.217 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 106.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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