Zelesnky divulgou na rede social Twitter que informou Macron sobre a "situação na frente" de combate contra as forças russas.
"Discutimos outras ajudas militares para a Ucrânia e foi dada especial atenção aos meios de adesão da Ucrânia à UE", acrescentou o chefe de Estado ucraniano.
Já Paris confirmou a conversa telefónica entre os dois presidentes através de um comunicado, explicando que Emmanuel Macron "questionou o Presidente Zelensky sobre os últimos desenvolvimentos no terreno, bem como suas necessidades em termos de equipamento militar, apoio político, apoio financeiro e ajuda humanitária".
O Presidente francês garantiu ao seu homólogo ucraniano que "a França permanecerá mobilizada para atender às necessidades da Ucrânia, incluindo armas pesadas".
Os dois governantes "acordaram manter-se em contacto", em concreto "tendo em vista o parecer de que a Comissão Europeia dará seguimento à candidatura da Ucrânia à adesão à União Europeia, e a discussão que se seguirá no Conselho Europeu de 23 e 24 de junho".
A conversa entre os chefes de Estado ocorre após um novo pedido de Macron para "não humilhar a Rússia", o que originou críticas de Kyiv a Paris.
Macron, que preside ao país que ocupa a presidência rotativa da UE até 01 de julho, está sob pressão da Ucrânia, que aguarda a sua visita desde o início da ofensiva russa.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.302 civis morreram e 5.217 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 106.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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