"A Suécia vai contribuir solidariamente para a segurança da NATO como um todo", disse a ministra num discurso no Parlamento sueco, citada pelo jornal "Expressen".
Ann Linde afirmou que o objetivo da Suécia é "avançar com espírito construtivo para abordar as questões suscitadas pela Turquia" e reiterou que Estocolmo "condena o terrorismo nos termos mais fortes possíveis".
Esta última afirmação foi entendida como um clara alusão às críticas feitas por Ancara, que acusam a Suécia de servir como "porto seguro" para terroristas e membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que a Turquia considera tratar-se de uma organização terrorista.
No discurso, a ministra lamentou também que se tenha aberto "um capítulo sombrio na história da Europa" e criticou a invasão russa da Ucrânia, alertando para uma possível agressão de Moscovo contra outros países, como Moldova ou Geórgia.
Paralelamente, enfatizou que a possível adesão da Suécia à NATO "não impede" a realização do "desarmamento nuclear global".
"Uma guerra nuclear nunca pode ser vencida e nunca deve ser travada", disse.
Por seu lado, o deputado do Partido de Esquerda Hakan Svenneling manifestou preocupação com a possibilidade de a Suécia exportar armas para a Turquia em troca da entrada da Suécia na NATO.
O deputado advertiu também para as possíveis consequências da extradição de refugiados turcos e curdos para a Turquia pela Suécia no âmbito de um acordo entre as partes.
"A questão é o que o governo está disposto a negociar", criticou.
Em resposta, Ann Linde garantiu que Estocolmo "defenderá a dignidade humana".
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