Eleições em França. Mélenchon diz que partido presidencial foi "desfeito"
O líder da coligação de esquerda Nupes, Jean-Luc Mélenchon, reclamou hoje vitória na primeira volta das eleições legislativas, considerando que o partido presidencial foi "desfeito" e apelando à mobilização na segunda volta para construir um "futuro de harmonia".
© SAMEER AL-DOUMY/AFP via Getty Images
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"Gostaria de ver o Departamento de Justiça investigar qualquer alegação credível de atividade criminosa por parte de Donald Trump", defendeu o deputado democrata Adam Schiff, membro da comissão, que também lidera a Comissão de Informações da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
O deputado democrata pela Califórnia argumentou: "Existem certas ações, parte dessas diferentes linhas de esforço para derrubar a eleição, que não vejo evidências de o Departamento de Justiça estar a investigar".
A comissão parlamentar que está a investigar o papel do ex-presidente norte-americano Donald Trump no assalto ao Capitólio disse, na quinta-feira, que a agressão não foi um momento espontâneo, mas uma "tentativa de golpe".
Na apresentação das primeiras conclusões sobre a investigação, a comissão revelou um vídeo de 12 minutos, nunca antes visto, com momentos do assalto violento e testemunhos do círculo mais íntimo de Trump.
O painel argumentou que as repetidas mentiras de Trump sobre fraude eleitoral e o esforço público para impedir a vitória de Joe Biden, nas eleições de 2020, levaram ao ataque e colocaram em perigo a democracia norte-americana, segundo a agência Associated Press.
O deputado Adam Schiff sustentou hoje, segundo a agência Associated Press, que "quando as evidências são acumuladas pelo Departamento de Justiça, é preciso tomar uma decisão sobre se pode provar a um júri, além de qualquer dúvida razoável, a culpa do Presidente ou de qualquer outra pessoa".
"Mas se houver evidências credíveis, precisam de ser investigadas, e eu acho que existem", reforçou.
Novas provas deverão ser reveladas na próxima semana que poderão demonstrar como Trump e os seus conselheiros se envolveram num "esforço maciço" para espalhar a desinformação e pressionarem o Departamento de Justiça a aceitar falsas alegações, avança ainda a Associated Press.
Os membros da comissão indicaram hoje que a pessoa mais importante que deverão ainda ouvir poderá ser o procurador-geral Merrick Garland, que deve decidir se o seu departamento pode e deve processar Trump, mas não têm dúvidas de que os indícios são suficientes.
Outro deputado democrata, Jamie Raskin, disse que não pretende "intimidar" Garland, mas observou que a comissão já expôs em petições legais uma variedade de estatutos criminais que acreditam que o ex-presidente violou.
"Eu acho que ele [Trump] sabe, os seus colaboradores sabem, os procuradores sabem, o que está aqui em jogo", sublinhou Raskin.
Donald Trump -- que ainda na quinta-feira elogiou a invasão do Capitólio como um movimento histórico para "tornar a América grandiosa novamente" - tem vindo a insinuar que se irá recandidatar às eleições para a presidência dos Estados Unidos em 2024.
Naquele dia, milhares de apoiantes do ex-presidente republicano reuniram-se em Washington num comício para denunciar o resultado da eleição de 2020, de que Trump saiu derrotado.
As imagens de uma multidão a invadir a sede do Congresso dos Estados Unidos chocaram o mundo.
Por muitos meses, a chamada Comissão 06 de janeiro -- sete democratas e dois republicanos -- ouviu mais de mil testemunhas, incluindo dois filhos do ex-presidente e analisou 140 mil documentos para esclarecer a responsabilidade exata de Donald Trump no evento que abalou a democracia norte-americana.
Os apoiantes da comissão consideram este trabalho essencial para garantir que um dos episódios mais sombrios da história dos Estados Unidos nunca se repita.
No entanto, a maioria dos republicanos denuncia o trabalho do grupo de congressistas eleitos da comissão como uma "caça às bruxas".
[Notícia atualizada às 20h32]
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