"Já era pública a nossa ideia de relocalizar a piscina, agora vamos com muita calma, está seguro, a estrutura vai sofrer manutenção, como sabem é frágil, teremos uma melhor localização, mas não há absolutamente nenhuma polémica sobre esse assunto", esclareceu Abraão Vicente à Lusa, em Santa Maria, ilha do Sal, onde está a participar no 4.º fórum de investimento de Cabo Verde.
Segundo o governante, neste momento está-se a estudar as melhores opções e o espaço será "devolvido" à cidade do Mindelo para outras atividades.
"Nem todo o espaço não ocupado na cidade deve ser ocupado de certa forma como se estendeu em demasia a piscina", afirmou o governante, em reação a críticas no país sobre a remoção da estrutura, cujo novo espaço será definido justamente com as entidades locais e a sociedade civil.
A piscina foi inaugurada em 01 de agosto de 2021 na praia da Laginha, para permitir o ensino da natação, formação de nadadores-salvadores e formadores, atividades terapêuticas e realização de provas da modalidade.
A estrutura estava dividida em três partes, sendo a maior com dimensões de 25 metros por 10 metros e as duas menores de 12 metros por cinco metros cada.
Trata-se de um projeto que foi liderado na altura por Paulo Veiga, que foi substituído no cargo em dezembro por Abraão Vicente, no único ministério com sede em São Vicente.
Em declarações à agência Lusa em novembro último, o presidente da Escola de Natação e Salvamento Aquático Etnasa, uma de duas escolas de natação existentes em São Vicente, Antão Francisco Pio, disse que ensino da natação sempre aconteceu em águas movimentadas na ilha cabo-verdiana de São Vicente, mas agora vai passar a ser também em águas paradas, para educar e criar campeões.
"Ficámos entusiasmados porque é uma realidade que estamos a reclamar há muito tempo, porque ensinar numa piscina é diferente do que ensinar em água em movimento forte", disse o responsável.
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