Idas ao WC proibidas e malas revistas a ginastas no Reino Unido
Um relatório conhecido na quinta-feira revela mais de 400 testemunhos de abusos físicos e mentais durante treinos.
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Mundo Ginástica
Os ginastas britânicos mais jovens foram obrigados a passar fome, a completar treinos sem idas à casa de banho e a pendurarem-se em argolas como castigo, revela um estudo realizado pela federação desportiva do Reino Unido.
O documento, conhecido na quinta-feira, trata de casos que ocorreram entre 2008 e 2020, e mostra como os jovens federados viviam uma cultura de abuso físico e emocional.
De acordo com o relatório 'Whyte Review', há entre os 400 testemunhos histórias de regressos a casa com lesões e de malas revistas na procura de comida. Há ainda atletas que admitem "não saber" como é que as pernas não se "partiram" quando os treinadores se sentavam em cima destes membros.
Quem mais terá sofrido são as raparigas com menos de 12 anos, que, de acordo com o documento, foram sujeitas aos piores tratamentos "que existem na cultura do desporto há muito tempo".
A organização tutelada pelo governo britânico terá "falhado não só na prevenção ou limitação destes comportamentos, como tolerado alguns deles com o objetivo de atingir o sucesso a nível nacional e internacional". É sublinhando também no relatório que, até 2008, o Reino Unido não ganhou neste setor nenhuma medalha olímpica, algo aconteceu sempre nas últimas quatro edições - desde 2008.
"Sou mãe e isto não é o que é suposto ser o desporto. Mas a ginástica vai ser diferente pela coragem das pessoas que falaram", referiu, citada pelas publicações internacionais.
A responsável não disse, no entanto, se os treinadores responsáveis por estes abusos ainda estavam no sistema britânico de ginástica.
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