A referida comissão determinou na quinta-feira que Trump pressionou no dia do ataque o seu vice-presidente, Mike Pence, a bloquear a ratificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 2020, sabendo que o seu plano era "ilegal".
"Cada um dos membros são esquerdistas radicais que nos odeiam. (...) Eles estão a tecer uma narrativa falsa e uma tentativa arrepiante de processar os seus oponentes políticos", disse o ex-presidente republicano durante um comício em Nashville, no Tennessee.
Trump acredita que a investigação do comité se baseia em vídeos "manipulados" e declarações "retiradas do contexto", cujo objetivo é prejudicar a imagem dos republicanos antes das eleições de meio de mandato em novembro.
"Tudo o que dizem é uma mentira completa e uma fraude total", insistiu.
Nos vídeos projetados na audiência, surgem várias testemunhas questionadas no passado pelo comité, incluindo a filha de Trump e ex-assessora, Ivanka Trump, que testemunhou que o então Presidente ligou para Pence, que deveria presidir a sessão do Congresso para ratificar a vitória de Biden, para pressioná-lo.
Trump, que hoje repetiu a sua falsa acusação de que houve fraude eleitoral em 2020, assegurou que não pediu a Pence para "decidir" o resultado da eleição, mas sim para enviar os resultados aos Congressos estaduais para análise.
"Mike Pence teve a oportunidade de ser grande. Ele teve a oportunidade de fazer algo histórico. Mas como (o procurador) Will Barr e outras pessoas fracas, ele não teve coragem de agir", afirmou Trump.
Naquele 6 de janeiro, uma multidão de apoiantes de Trump invadiu o Congresso para interromper a sessão, ataque no qual cinco pessoas foram mortas e cerca de 140 agentes foram agredidos.
Pouco antes, Trump havia feito um discurso inflamado perto da Casa Branca, onde encorajou os seus apoiantes a marchar em direção ao Capitólio, lançando acusações infundadas de que os democratas cometeram fraude eleitoral naquela votação.
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