O chanceler alemão Olaf Scholz disse, esta sexta-feira, que é "absolutamente necessário" que alguns líderes falem diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin, e enveredem esforços para acabar com a guerra na Ucrânia.
Scholz e o Presidente francês, Emmanuel Macron, têm mantido várias conversas telefónicas com Putin, separadamente e em conjunto, desde que a invasão da Rússia começou, em 24 de fevereiro. Estes contactos suscitaram algumas críticas - incluindo do presidente da Polónia, que disse recentemente que nada conseguiram e servem apenas para legitimar o líder russo.
"É absolutamente necessário falar com Putin, e continuarei a fazê-lo - como o presidente francês também continuará a fazer", disse Scholz à agência noticiosa alemã dpa numa entrevista, um dia depois de ele, Macron e os líderes da Itália e Roménia terem mantido conversações com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em Kyiv.
"Há alguns países necessários, e alguns líderes necessários, que falam com ele - e é necessário que sejam claros", disse Scholz. "Quando falo com Putin digo, por exemplo, as mesmas coisas que vos disse", acrescentou.
Disse que a sua mensagem é que "tem de retirar as suas tropas e tem de encontrar um acordo com a Ucrânia que seja aceitável e correto para o povo da Ucrânia".
Durante a visita de quinta-feira a Kyiv, Scholz e os seus colegas líderes comprometeram-se a apoiar a candidatura da Ucrânia à União Europeia. Na sexta-feira, a Comissão Executiva da UE recomendou que se fizesse da Ucrânia um candidato à adesão, algo que todos os 27 membros existentes do bloco terão de aprovar.
"Teremos de encontrar uma abordagem comum, mas estou bastante otimista de que seremos capazes de gerir isto", disse Scholz.
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