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Governador de Lugansk acusa Rússia de causar "destruição catastrófica"

O governador ucraniano da região de Lugansk acusou hoje o exército russo de estar a causar uma "destruição catastrófica" em Lyssychansk, uma cidade vizinha de Severodonetsk na região do Donbass, no leste da Ucrânia.

Governador de Lugansk acusa Rússia de causar "destruição catastrófica"
Notícias ao Minuto

12:46 - 21/06/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Combates [em curso] na zona industrial de Severodonetsk e destruição catastrófica em Lyssychansk", descreveu Serguei Gaidai na rede social Telegram, segundo a agência noticiosa francesa AFP.

Gaidai admitiu que as últimas 24 horas foram difíceis para as forças ucranianas.

Referiu também as forças russas destruíram as três pontes que ligam Severodonetsk e Lyssychansk, pelo que a primeira das duas cidades ficou isolada do resto dos territórios controlados pelas autoridades de Kiev.

"Os russos querem conquistar totalmente a região de Lugansk antes de [domingo] 26 de junho", disse Gaidai, reafirmando uma informação que já tinha sido divulgada pela vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar.

"Mas eles não chegarão lá em cinco dias", acrescentou o governador de Lugansk, região que integra o Donbass, juntamente com Donetsk.

Ao lançar a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Rússia disse que estava a responder a um pedido de ajuda das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, que tinha reconhecido dias antes.

Moscovo patrocinou uma guerra separatista em Donetsk e Lugansk desde 2014, quando invadiu a Ucrânia para anexar a península da Crimeia.

Um representante da Rússia em Lugansk disse hoje que duas dezenas de civis deixaram a fábrica de Azov, onde se encontram forças ucranianas que estão a tentar resistir ao avanço russo em Severodonetsk.

"À medida que as forças aliadas [milícias pró-russas e tropas de Moscovo] avançam no território de Azot, os civis que têm sido bloqueados durante as últimas semanas começam a abandonar os abrigos. Hoje, duas dezenas de civis saíram para a segunda entrada da fábrica, que não é controlada por combatentes ucranianos", disse Rodion Miroshnik na rede Telegram, segundo a EFE.

Em Donetsk, a polícia regional acusou hoje as tropas russas de terem usado munições de fragmentação, que são proibidas pelo direito internacional.

"As forças russas dispararam sobre a região de Donetsk utilizando aviões, um sistema de mísseis antiaéreos S-300, Tornado-S e Uragan MLRS [lança-foguetes múltiplos], artilharia e tanques. Os invasores também utilizaram munições de fragmentação", disse a polícia regional num comunicado, citado pela EFE.

Os ataques russos das últimas horas provocaram um número não especificado de vítimas e destruíram meia centena de edifícios civis, segundo a polícia da região de Donetsk.

As informações divulgadas pelas autoridades ucranianas e russas sobre os combates na Ucrânia, que entraram hoje no 118.º dia, não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Leia Também: AO MINUTO: Espanhol morto; Mais de 1.500 ucranianos em prisões russas

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