Brasil felicita Petro e defende fortalecimento de relações com a Colômbia
O Governo brasileiro congratulou hoje o Presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, e defendeu, em nota oficial, a continuidade e o aprofundamento das relações entre os dois países.
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Mundo Gustavo Petro
"Ao desejar ao Presidente eleito sucesso no desempenho de suas funções, o Governo brasileiro reafirma seu compromisso com a continuidade e aprofundamento das relações bilaterais com a Colômbia, visando o bem-estar, a prosperidade, a democracia e a liberdade de nossos povos", refere uma nota do Ministério da Relações Exteriores.
A breve declaração oficial contrasta com as declarações feitas pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, desde as eleições vencidas por Petro no domingo, que será o primeiro Presidente de esquerda da Colômbia.
"Um ex-guerrilheiro de extrema-esquerda", disse Bolsonaro a um pequeno grupo de apoiantes na segunda-feira, referindo-se ao passado de Petro como ex-guerrilheiro do M-19.
O comentário segue em linha com declarações de outros políticos da base de apoio do Governo brasileiro como o filho do chefe de Estado e deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Após as eleições de domingo, Eduardo Bolsonaro publicou nas redes sociais um mapa da América do Sul em que a Colômbia estava marcada com o símbolo da foice e do martelo.
Com esse símbolo também foram identificados no mapa Venezuela, Peru, Bolívia, Chile e Argentina, que, com as suas muitas nuances, são governados por lideranças de esquerda.
"A responsabilidade do eleitor brasileiro aumenta. Não é mais só para o Brasil, é para toda a região", escreveu o filho de Jair Bolsonaro, em clara alusão às eleições de outubro próximo no país, nas quais o seu pai aspira a ser reeleito apesar de todas as sondagens de intenção de voto apontarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como favorito.
No mesmo sentido, o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência brasileira, Filipe Martins, outro dos ideólogos do movimento ultraconservador que apoia Bolsonaro, também se manifestou nas redes sociais.
"Diante do avanço da extrema-esquerda na América Latina, com sucessivas vitórias no Fórum de São Paulo, nossa responsabilidade como brasileiros é maior. Que Deus tenha misericórdia de nós e nos dê condições de proteger nosso país e nosso povo", escreveu o colaborador de Bolsonaro.
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