BRICS. Brasil exalta cooperação e fala em integração para superar crise
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, exaltou a hoje a cooperação entre países em defesa do desenvolvimento económico numa reunião, por videoconferência, do BRICS Business Fórum 2022.
© Lusa
Mundo BRICS
"Parabenizo os organizadores pela escolha do tema deste ano, 'Aprofundando a parceria de negócios do BRICS' para criar conjuntamente um futuro melhor para o desenvolvimento global. Além de ser atual, esse tema reflete bem os objetivos do Brasil para o BRICS", disse Bolsonaro, num vídeo dirigido ao Fórum Empresarial do bloco formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Presidente brasileiro defendeu que seu Governo busca a inserção do país sul-americano nos fluxos internacionais de comércio e estimula a participação da iniciativa privada na promoção de investimentos em infraestrutura, incentivando o empreendedorismo e reduzindo restrições à livre atividade económica.
Bolsonaro frisou que a crise económica global desencadeada pela pandemia de covid-19 fez com que o país atuasse para aumentar a cooperação com outras nações do bloco.
"O atual contexto internacional é motivo de preocupação, em razão dos riscos aos fluxos de comércio e investimentos e à estabilidade das cadeias de abastecimento de energia e alimentos", afirmou o chefe de Estado brasileiro.
"A resposta do Brasil a esses desafios não é se fechar ao resto do mundo. Pelo contrário, temos procurado aprofundar nossa integração económica. É uma satisfação compartilharmos com nossos parceiros do BRICS esse mesmo espírito de cooperação", concluiu.
O bloco BRICS ganhou expressão em 2001, quando o economista Jim O'Neill, da Goldman Sachs, publicou um estudo intitulado "Building Better Global Economic BRICs", sobre as grandes economias emergentes.
O grupo reuniu-se pela primeira vez em 2009 e logo estabeleceu uma agenda focada na reforma da ordem internacional, visando maior protagonismo dos países emergentes em organizações como as Nações Unidas, o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional. O bloco passou a incluir a África do Sul no ano seguinte.
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