Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos acusa massacre na Etiópia

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou hoje um massacre numa cidade do norte da Etiópia, onde vive o grupo étnico amhara, e na qual se diz terem morrido centenas de pessoas.

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Lusa
23/06/2022 15:09 ‧ 23/06/2022 por Lusa

Mundo

Etiópia

 

Segundo informações recebidas pelo seu gabinete, homens armados chegaram em 18 de junho à aldeia de Tole (oeste do país) e começaram a disparar indiscriminadamente contra o povo, causando "centenas de mortes, principalmente mulheres e crianças", e forçando cerca de 2.000 pessoas a abandonar as suas casas e a fugir.

O assalto terá durado cerca de quatro horas, período durante o qual os atacantes também atearam fogo a várias casas.

Além disso, um número desconhecido de pessoas foi alegadamente raptado.

Este evento faz parte de uma série de episódios de violência que ocorreram nas últimas semanas na Etiópia, onde o conflito armado continua na região de Tigray (norte do país), opondo os rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) contra o governo federal, desde 2020.

Bachelet apelou ao Governo etíope para que garanta que o massacre de Tole será investigado, será feita justiça para as vítimas e as suas famílias e os responsáveis punidos.

Leia Também: EUA "seriamente preocupados" com relatos de mortes de civis Ahmara

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