Iémen. ONU anuncia novas reduções dos programas de ajuda alimentar
O Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas, anunciou, esta segunda-feira, novos cortes na sua ajuda ao Iémen, país devastado pela guerra, devido à falta de financiamento, à inflação e aos efeitos do conflito na Ucrânia.
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Mundo Insegurança alimentar
Com cerca de 30 milhões de habitantes, o Iémen é país mais pobre da Península Arábica. O PAM ajuda cerca de 19 milhões de iemenitas, 13 dos quais com apoio alimentar de emergência
"Somos obrigados a reduzir a ajuda a cinco milhões de pessoas para menos de 50% das necessidades diárias e para 25% das necessidades diárias aos outros oito milhões" de iemenitas, indicou a agência da ONU em comunicado.
O PMA referiu ainda que irá encerrar várias atividades, incluindo "programas de alimentação escolar" que abrangiam quatro milhões de beneficiários. A partir de agora apenas "1,8 milhões de pessoas" poderão beneficiar deles.
A organização da ONU diz estar "consciente das repercussões e dos efeitos significativos da redução da ajuda às famílias mais pobres e mais carenciadas", sublinhando que continua "a envidar todos os esforços para mobilizar fundos e recursos necessários" que permitam retomar os apoios.
O Iémen tem sido devastado, desde 2014, por uma guerra entre as forças do Governo, ajudadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, e rebeldes xiitas Huthis, apoiados pelo Irão.
Várias organizações humanitárias alertaram que a falta de fundos irá agravar as consequências do conflito, que já provocou milhares de mortos e mergulhou o país numa das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.
Em dezembro, o PAM estimava que "mais da metade da população do Iémen - ou seja, 16,2 milhões de pessoas --, enfrentava uma fome aguda e metade das crianças com menos de cinco anos (2,3 milhões) corria o risco de sofrer de desnutrição".
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