"As próximas eleições gerais no Quénia serão cruciais para os cidadãos determinarem o que o seu futuro lhes reserva, para os atores eleitorais demonstrarem o seu empenho na democracia, com competição justa entre candidatos em eleições pacíficas, e para a região mais vasta promover a estabilidade", disse Josep Borrell, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, numa declaração.
A missão de observação eleitoral, solicitada pelas autoridades do país africano e cujos primeiros participantes chegaram ao país há dois dias, será liderada pelo eurodeputado Ivan Stefanec.
Outros observadores a curto prazo recrutados da comunidade diplomática da UE, bem como do Canadá, Noruega e Suíça também irão reforçar a missão no próprio dia das eleições.
Desta forma, a UE está a repetir o seu papel de observador eleitoral no Quénia, como fez em 2002, 2007, 2013 e 2017.
"A UE e o Quénia partilham uma relação importante e forte, e aguardo com expectativa uma maior concretização do diálogo estratégico UE-Quénia que lancei durante a minha visita a Nairobi em janeiro de 2022", disse Borrell.
Seguindo a metodologia de observação eleitoral da UE, a missão emitirá uma declaração preliminar e realizará uma conferência de imprensa em Nairobi após as eleições.
O relatório final, que incluirá um conjunto de recomendações para futuros processos eleitorais, será apresentado e partilhado com as partes interessadas após a conclusão de todo o processo eleitoral.
O antigo primeiro-ministro e líder da oposição Raila Odinga está a liderar a corrida à Presidência no Quénia, de acordo com uma sondagem de intenções de voto deste mês.
O Quénia é frequentemente identificado pela comunidade internacional como uma potência estabilizadora na região conturbada do Corno de África e um parceiro leal do Ocidente.
O país também se destaca como a sexta maior potência económica de África e uma das economias em desenvolvimento mais rápidas do continente, com um crescimento de 5,7% por ano entre 2015 e 2019.
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