Ataques em Paris. Hollande elogia julgamento e Le Pen fala em "alívio"
Presidente francês à data dos atentados considera que os réus foram "julgados de acordo com a lei".
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Mundo Atentados Paris
O antigo presidente francês François Hollande - em funções na altura dos ataques de 2015 em Paris - saudou, esta quarta-feira, o fim do julgamento "excecional" e "exemplar" dos atentados, no qual os réus foram "julgados de acordo com a lei".
No veredito, conhecido hoje, 19 dos 20 arguidos foram considerados culpados de todas as acusações.
Salah Abdeslam, reconhecido pelo tribunal como "co-autor" do ataque, foi condenado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional por homicídio e de tentativa de homicídio com uma organização terrorista, entre outras acusações.
Para Hollande, o julgamento "era esperado, mas também temido".
Tinha de acontecer. Foi excepcional. Foi exemplar", reagiu o ex-presidente em comunicado.“Ao dar voz às vítimas durante meses para ter todos os testemunhos e fazer um balanço do sofrimento e da dor, e ao solicitar a presença de todos os atores desta tragédia, a justiça possibilitou procurar a verdade para entender melhor o caminho do terrorismo islâmico", acrescentou.
— François Hollande (@fhollande) June 29, 2022
Também a líder da União Nacional francesa, Marine le Pen, já reagiu à sentença nas redes sociais, defendendo que a condenação de Salah Abdeslam é um "alívio para toda a nação francesa".
La condamnation à perpétuité de Salah Abdeslam est un soulagement pour toute la nation française. J’ai ce soir une pensée émue pour les proches des victimes, dont la douleur ne cessera jamais d’exister. Notre devoir est désormais d’anéantir le fondamentalisme islamiste.
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) June 29, 2022
Os atentados em 13 de novembro de 2015 contra esplanadas de cafés e restaurantes, a sala de espetáculos Bataclan - durante um concerto da banda norte-americana Eagles of Death Metal - e junto ao estádio Stade de France - onde jogava a seleção francesa de futebol com a alemã - fizeram 130 mortos.
Neste processo, o mais longo de sempre em França, foram ouvidas 1.800 testemunhas, tendo sido mobilizados 330 advogados.
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