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Ataques em Paris. Hollande elogia julgamento e Le Pen fala em "alívio"

Presidente francês à data dos atentados considera que os réus foram "julgados de acordo com a lei".

Ataques em Paris. Hollande elogia julgamento e Le Pen fala em "alívio"

O antigo presidente francês François Hollande - em funções na altura dos ataques de 2015 em Paris - saudou, esta quarta-feira, o fim do julgamento "excecional" e "exemplar" dos atentados, no qual os réus foram "julgados de acordo com a lei".

No veredito, conhecido hoje, 19 dos 20 arguidos foram considerados culpados de todas as acusações. 

Salah Abdeslam, reconhecido pelo tribunal como "co-autor" do ataque, foi condenado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional por homicídio e de tentativa de homicídio com uma organização terrorista, entre outras acusações.

Para Hollande, o julgamento "era esperado, mas também temido".

Tinha de acontecer. Foi excepcional. Foi exemplar", reagiu o ex-presidente em comunicado.“Ao dar voz às vítimas durante meses para ter todos os testemunhos e fazer um balanço do sofrimento e da dor, e ao solicitar a presença de todos os atores desta tragédia, a justiça possibilitou procurar a verdade para entender melhor o caminho do terrorismo islâmico", acrescentou.

Também a líder da União Nacional francesa, Marine le Pen, já reagiu à sentença nas redes sociais, defendendo que a condenação de Salah Abdeslam é um "alívio para toda a nação francesa".

Os atentados em 13 de novembro de 2015 contra esplanadas de cafés e restaurantes, a sala de espetáculos Bataclan - durante um concerto da banda norte-americana Eagles of Death Metal - e junto ao estádio Stade de France - onde jogava a seleção francesa de futebol com a alemã - fizeram 130 mortos.

Neste processo, o mais longo de sempre em França, foram ouvidas 1.800 testemunhas, tendo sido mobilizados 330 advogados.

Leia Também: Dezanove condenados pelos ataques terroristas de Paris

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