Nuclear. UE lamenta falta de progresso nas conversações indiretas em Doha
As negociações indiretas entre o Irão e os Estados Unidos sobre energia nuclear, iniciadas há dois dias em Doha, ainda não alcançaram o "progresso esperado pela UE", disse nesta quarta-feira o coordenador dos 27, Enrique Mora.
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Mundo energia nuclear
"Dois dias intensos de conversações de proximidade em Doha sobre o #JCPOA (sigla em inglês para o acordo nuclear iraniano de 2015). Infelizmente, ainda não se chegou ao progresso esperado pela equipa da UE na qualidade de coordenadora", disse Mora numa mensagem na rede social Twitter.
"Vamos continuar a trabalhar com uma urgência ainda maior para colocar de volta nos trilhos um acordo fundamental para a não-proliferação e a estabilidade regional", acrescentou o coordenador da UE.
O enviado dos EUA para o Irão, Robert Malley, e o negociador iraniano, Ali Bagheri, iniciaram negociações intermediadas pela UE na terça-feira na capital do Qatar, com o objetivo de desbloquear as negociações de Viena sobre o acordo nuclear iraniano.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Nasser Kanani, disse em Teerão que "as conversações em Doha, que decorrem num ambiente profissional e sério, devem durar dois dias".
O Irão e os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas desde 1980, comunicam entre si de forma indireta.
Trocam mensagens -- cada um permanecendo no seu lugar -- para tentar quebrar o impasse em que se encontram as tentativas de reviver o acordo de 2015.
As negociações, iniciadas há mais de um ano, em Viena, tendo em vista trazer os Estados Unidos de volta ao acordo nuclear de 2015 estão paradas desde março.
Em 2018, Washington decidiu retirar-se, unilateralmente, deste pacto, sob a Presidência de Donald Trump, voltando a impor sanções ao Irão, que, em consequência, cancelou, gradualmente, os compromissos que tinha assumido nesta matéria.
O atual Presidente dos EUA, Joe Biden, disse que está pronto a regressar ao acordo na condição de o Irão renovar os seus compromissos.
No âmbito do acordo nuclear de 2015, o Irão sofreu um alívio das sanções a que estava sujeito em troca da garantia de que não iria produzir uma arma nuclear.
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