Etiópia diz que rebeldes mataram pelo menos 338 pessoas em Oromia
O Governo da Etiópia confirmou hoje que pelo menos 338 pessoas morreram nos ataques em várias localidades no centro e oeste do país, atribuídos a presumíveis rebeldes do Exército de Libertação Oromo (OLA).
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Mundo Etiópia
"De acordo com os dados que recebi ontem do governo regional da região de Oromia, o número de vítimas identificadas até ao momento é de 338", disse o porta-voz do primeiro-ministro, durante uma conferência de imprensa, em Adis Abeba, referindo-se ao OLA, grupo dissidente da Frente de Libertação Oromo (OLF).
Um camponês que presenciou os ataques, Dametaw Alebel, contou à agência de notícias Efe que, em 18 de junho, os atacantes abriram fogo contra a população civil nas localidades de Gutu, Chekorsa, Silesaw, Genene, Jaka Sefer e Hayaw, todas no distrito de Gimbi, na parte ocidental da região.
A Etiópia tem registado um aumento das tensões étnicas em diversas regiões, na maioria motivadas por injustiças históricas ou conflitos políticos.
O povo Amhara, o segundo maior grupo étnico entre os mais de 110 milhões de habitantes da Etiópia, tem sido alvo de frequentes ataques em regiões como Oromia.
O OLA, na sequência do acordo de paz de 2018, reivindicou a responsabilidade por vários ataques nos últimos meses - especialmente na Oromia -, depois de ter anunciado uma aliança com a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), aquando do conflito de novembro de 2020 na região norte do Tigray.
A OLF tinha lutado durante décadas pela secessão da região de Oromia, mas em 2018 anunciou que desistia da luta armada, aceitando uma oferta de amnistia feita pelo primeiro-ministro, Abiy Ahmed (também um oromo).
O oromo é um grupo étnico maioritário na Etiópia, mas tem sido tradicionalmente marginalizado pelo poder.
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