O Ministério da Defesa britânico considerou, esta sexta-feira, que a retirada das tropas russas da ilha Zmiinyi [ilha da Serpente], no Mar Negro, foi causada “muito provavelmente” devido à sua “crescente vulnerabilidade” face aos ataques ucranianos.
Na quinta-feira, o Ministério da Defesa russo admitiu que as suas forças abandonaram a ilha. Naquilo que apelidou de um "gesto de boa vontade", o organismo justificou que as tropas russas cumpriram as tarefas que lhes foram atribuídas.
“A Rússia retirou-se da ilha da Serpente muito provavelmente devido ao isolamento e à sua crescente vulnerabilidade aos ataques ucranianos, e não como um ‘gesto de boa vontade’, como tem afirmado”, referiram os serviços de informação britânicos, no mais recente relatório sobre a invasão russa da Ucrânia.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 1 July 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) July 1, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/LarzZ93o7q
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/AK8aX1SBFi
Segundo a nota, a ilha - ocupada desde o primeiro dia da invasão - tem sido alvo de ataques ucranianos “com mísseis e drones”. Foram ainda usados mísseis para “interditar os navios russos que tentavam reabastecer a ilha”.
Na sua comunicação diária ao país, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao exército ucraniano por ter conseguido recuperar a ilha, que considera ser “um ponto estratégico” que “altera significativamente a situação do Mar Negro”. “Não garante ainda a segurança, não garante ainda que o inimigo não regresse. Mas já limita significativamente as ações dos ocupantes. Passo a passo, vamos expulsá-los do nosso mar, da nossa terra, e do nosso céu”, frisou.
Assinala-se, esta sexta-feira, o 128.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.731 civis e deixou 5.900 feridos.
Leia Também: AO MINUTO: 18 mortos em Odessa; Kyiv exporta eletricidade para a UE