Os temas foram conversados por iniciativa de Modi, que, segundo avançou o Kremlin (presidência russa) em comunicado, pediu a Putin para o informar sobre o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia.
O Presidente russo destacou a "natureza perigosa e provocativa do regime de Kyiv e dos seus apoiantes ocidentais para escalar a crise e inviabilizar os esforços para a resolver política e diplomaticamente", referiu o seu gabinete.
Sobre a crise alimentar, Putin chamou a atenção para "os erros sistémicos cometidos por vários países, que levaram ao colapso de toda a arquitetura de livre comércio de produtos alimentares e provocaram um aumento significativo do seu custo".
O líder do Kremlin argumentou ainda que as "sanções ilegítimas" adotadas contra a Rússia exacerbaram "uma situação já difícil".
Estes fatores também tiveram um impacto negativo no mercado global de energia, defendeu.
A Rússia "tem sido e continua a ser um produtor e fornecedor confiável de cereais, fertilizantes e energia", inclusive para a Índia, sublinhou o Presidente russo.
Putin e Modi também discutiram detalhadamente questões atuais das relações russo-indianas, observando com satisfação um aumento significativo do volume de comércio bilateral, incluindo compras mútuas de produtos agrícolas, mas garantiram que querem fortalecer ainda mais a parceria estratégica entre os dois países, concluiu o Kremlin.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma "ofensiva militar" na Ucrânia que foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A maioria dos países ocidentais respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Narendra Modi tem tentado abster-se de condenar abertamente a invasão russa da Ucrânia e de votar contra esta agressão nas Nações Unidas, já que a Rússia fornece grande parte das suas importações de armas e energia.
No entanto, o primeiro-ministro indiano já apelou diretamente a Putin para parar o conflito e admitiu estar preocupado com o impacto humanitário da guerra.
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