Funcionários do Banco Central do Brasil terminam greve
Os funcionários do Banco Central do Brasil decidiram hoje terminar a greve que iniciaram no dia 01 de abril para exigir um aumento salarial e a reestruturação da carreira profissional, informaram fontes sindicais.
© Reuters
Mundo Banco Central
A União Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) reuniu-se hoje em assembleia e decidiu pôr termo à greve, que afetou a divulgação de importantes estatísticas macroeconómicas do país, entre outros serviços do organismo emissor.
Os trabalhadores da instituição exigiam um ajustamento salarial de 27% para recuperar as perdas causadas pela inflação elevada, que atualmente nos 12 % e que encerrou nos 10% em 2021.
No entanto, o Governo do Presidente Jair Bolsonaro recusou-se a aumentar os salários dos funcionários públicos federais este ano, citando problemas orçamentais.
Além disso, na segunda-feira expirou o prazo legal num ano eleitoral para a adaptação salarial a ser concedida mesmo em 2022, quando os brasileiros elegerão um novo presidente, governadores e renovarão as câmaras legislativas em outubro.
Após esta recusa, os funcionários do Banco Central concentraram-se em procurar uma reestruturação da carreira, que incluiria um bónus de produtividade e imporia certos requisitos para o acesso aos exames competitivos do banco, entre outras medidas que estão agora a ser estudadas pelo Ministério da Economia.
No entanto, o sindicato salientou que a "mobilização" será mantida através de "eventos públicos" em diferentes partes do país até que as suas exigências sejam satisfeitas.
"Novas atividades de mobilização e protesto já estão a ser discutidas a nível da categoria" e serão divulgadas e realizadas "nas próximas semanas", indicou.
O sindicato salientou que, desde o início, a greve "ocorreu de forma ordenada e responsável, garantindo a manutenção de serviços essenciais ao cidadão brasileiro", como o PIX, uma ferramenta que permite transferências bancárias automáticas e sem comissões.
Por seu lado, o Banco Central do Brasil informou que a divulgação de estatísticas macroeconómicas, tais como indicadores da conta corrente, défice fiscal, dívida pública ou previsões dos analistas financeiros, "será retomada gradualmente".
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