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Espanha. Guardas suspensos devido a vídeos gravados por reclusos

Reclusos surgiam a fazer tatuagens e a consumir um 'cocktail' de medicamentos.

Espanha. Guardas suspensos devido a vídeos gravados por reclusos
Notícias ao Minuto

10:53 - 06/07/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

Três funcionários da prisão de Monterroso, na província de Lugo, em Espanha, foram suspensos, durante um mês e 15 dias, por não agirem quando nove reclusos gravaram dois vídeos em que se mostravam na posse de objetos proibidos, a consumir um ‘cocktail’ de medicamentos.

Os vídeos foram gravados a 8 de agosto de 2021 e a decisão foi agora tomada pela Secretaria-Geral das Instituições Penitenciárias que, segundo o El País, indica "falta de desempenho" dos funcionários e considera que a divulgação das imagens prejudicou "gravemente a credibilidade da administração penitenciária e do grupo de funcionários diligentes que ali trabalham", tendo passado "à sociedade uma imagem que não corresponde ao normal funcionamento do serviço penitenciário que lhe é exigido". 

Além disso, o conteúdo "contribui para que os internos sintam que não há controlo suficiente sobre as suas atividades".

A decisão é passível de recurso e o sindicato ao qual os trabalhadores estão filiados já anunciou que vai recorrer, falando de uma "caça e captura de trabalhadores" nos últimos anos. O sindicato atribui o que aconteceu à "falta de pessoal" . 

Os vídeos foram gravados com um telemóvel – proibido na prisão – e divulgados no Facebook. Nas imagens, os reclusos usavam ainda uma máquina de tatuar – também ela proibida.

No primeiro dos vídeos, um dos reclusos aponta o seu discurso à vigilância. "Dois módulos. Um com dez homens e outro com outros dez. Dois guardas em cada módulo, além do guarda noturno, que ganham mil e alguma coisa, trabalham 48 horas seguidas e depois descansam o resto da semana. [...]. Olha, não tem nem Deus por aqui [...] Os guardas ali, na guarita, com o telefone e a TV", disse.

Os homens estariam a consumir benzodiazepinas, um fármaco psicotrópico usado para tratamento da ansiedade, e antidepressivos, que terão sido desviados de reclusos doentes para tráfico na prisão.

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