A defesa de Darmanin, citada pela imprensa francesa, destacou que é a quarta vez que a justiça se pronuncia para dizer que não há elementos na denúncia com os quais o ministro possa ser repreendido por algo condenável.
O responsável pela pasta do Interior, que não foi acusado, apresentou queixa -- que está em curso -- contra a mulher por calúnia.
Sophie Patterson-Spatz havia formalizado a denúncia em 2017, mas o Ministério Público (MP) arquivou-a. Em seguida, voltou à carga com uma acusação particular, o que levou à nomeação de um juiz de instrução.
O MP reiterou, em janeiro passado, o seu posicionamento favorável em relação ao arquivamento, que é a decisão agora tomada pelo juiz, mas que pode ser ainda objeto de recurso.
A denúncia serviu para que alguns membros da oposição e vários movimentos feministas criticassem a permanência de Darmanin no Executivo de Emmanuel Macron após a última remodelação depois das eleições presidenciais e legislativas desta primavera.
A história remonta a 2009, quando o atual ministro era vereador na cidade de Tourcoing (norte) e ocupava um cargo no serviço jurídico do partido conservador União por um Movimento Popular (UMP).
Segundo a versão de Patterson-Spatz, ela entrou em contacto com o político, porque esperava obter a sua ajuda para rever uma sentença em que havia sido condenada e obteve a promessa de fazê-lo em troca de favores sexuais.
Darmanin admitiu ter tido uma relação sexual com Patterson-Spatz , mas negou categoricamente que ela tenha sido forçada a fazê-lo ou que tenha sido objeto de qualquer transação.
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