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Dirigente da escola de Uvalde recomenda despedimento de polícia

O principal responsável da escola de Uvalde recomendou hoje o despedimento do dirigente policial que foi central na resposta falhada dos agentes ao tiroteio na escola que causou 21 mortes, de dois professores e 19 estudantes, há dois meses.

Dirigente da escola de Uvalde recomenda despedimento de polícia
Notícias ao Minuto

00:00 - 21/07/22 por Lusa

Mundo EUA

Os responsáveis da cidade do sul do Estado do Texas anunciaram hoje que iam considerar despedir o chefe da polícia Pete Arredondo, durante uma reunião especial, marcada para sábado.

Arredondo tem sido acusado por dirigentes estaduais de ter feito vários erros críticos durante o tiroteio na escola.

Os dirigentes da escola resistiram inicialmente às pressões para despedirem Arredondo.

O anúncio ocorre dois dias depois de uma reunião onde os dirigentes da escola foram criticados durante mais de três horas por membros da assistência, que os acusaram de não terem instalado medidas de segurança básica na escola, de não ser transparente quanto ao que aconteceu e de falhar na responsabilização de Arredondo pelas suas ações.

Confrontado com as exigências, expressas pelos pais de forma tumultuosa, para o despedimento de Arredondo e com avisos de que o seu emprego poderia ser o seguinte, o superintendente Hal Harrell disse hoje que o chefe da polícia era um empregado contactado que não podia ser despedido de forma simples.

A agenda para a reunião de sábado inclui a discussão do eventual despedimento de Arredondo com o seu advogado.

Arredondo, que tem estado de licença desde 22 de junho, tem sido alvo de fortes críticas desde o massacre, muito em particular por não ter ordenado aos agentes para entrarem imediatamente na sala de aula onde um atirador, de 18 anos, estava a fazer o ataque, o mais mortífero dos tiroteios em escolas no Texas.

Se bem que cerca de 400 agentes de várias agências tenham participado na resposta da polícia, que levou mais de uma hora para enfrentar e matar o atirador, Arredondo é apenas um dos dois agentes que enfrenta um processo.

O movimento que visa o despedimento deste polícia segue-se à divulgação de um relatório, de 80 páginas, de uma comissão do Congresso texano, que critica toda a cadeia de comando da polícia por uma resposta caótica e demorada.

O documento detalhou que 376 agentes convergiram para a escola, com mais de metade provenientes de agências estaduais ou federais, mas que "falharam na execução do seu treino de atirador ativo e em dar prioridade a salvar vidas inocentes".

Segundo o comité do Congresso, Arredondo disse aos congressistas que não se considerou o comandante no local e que viu a sua prioridade como sendo a de proteger crianças nas outras sala de aula.

Os autores do relatório classificaram esta decisão como "um erro trágico, terrível".

Imagens de câmaras de vídeo incorporadas nos uniformes mostram Arredondo no hall da escola a experimentar vários conjuntos de chaves em outras portas de salas de aula, mas não naquela onde o massacre estava a ocorrer.

A porta desta sala não podia ser fechada do interior, mas não há informação de que os polícias tenham procurado abrir a porta enquanto o atirador estava lá dentro.

"O nosso pensamento foi: 'Se ele sai, elimina-se a ameaça'", disse Arredondo aos congressistas texanos.

Arredondo, de 50 anos, cresceu em Uvalde e passou muita da sua carreira de 30 anos na polícia da cidade. Passou a dirigir o trabalho policial na zona da escola em 2020 e tomou posse como membro do Conselho da Cidade em 31 de maio de 2022, durante uma cerimónia à porta fechada. Resignou deste lugar em 02 de julho.

Leia Também: Polícia do Texas abre inquérito interno sobre ação policial em Uvalde

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