"Outra menina de Chibok, Ruth Bitrus, que agora tem 24 anos, foi resgatada pelas nossas valentes tropas", disse a fonte, que pediu para não ser identificada, citada pela agência EFE.
Segundo a fonte, Ruth Bitrus foi resgatada com o filho depois de fugir do cativeiro, "após uma série de operações do exército na floresta de Sambisa, no nordeste", acrescentou a fonte.
O militar não precisou a data em que mãe e filho foram libertados, acrescentando apenas que estão a receber cuidados médicos num quartel no estado de Borno, onde fica Chibok, e que em breve se juntarão a parentes.
O resgate de Bitrus ocorre depois de duas outras meninas de Chibok terem sido libertadas no mês passado.
Os eventos de Chibok, que chocaram o mundo, ocorreram em 14 de abril de 2014, quando terroristas do Boko Haram entraram na remota comunidade de Borno e saquearam a escola secundária feminina, levando 276 alunas.
O sequestro desencadeou uma campanha nas redes sociais que se tornou viral sob o 'slogan' #BringBackOurGirls ("Devolvam as nossas meninas") pedindo a sua libertação e na qual participaram personalidades como a então primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.
Após oito anos de sequestro, mais de 100 meninas de Chibok ainda estão desaparecidas.
O Boko Haram é uma organização fundamentalista islâmica criada em 2002 em Maiduguri, capital de Borno, pelo líder espiritual Mohameh Yusuf para denunciar o abandono do norte do país pelas autoridades.
Naquela época, o Boko Haram realizava ataques contra a polícia nigeriana, enquanto representante do Estado, mas desde que Yusuf foi abatido em 2009, o grupo radicalizou-se.
Desde então, o nordeste da Nigéria é assolado pela violência causada pelo Boko Haram , desde 2015, pela sua fação Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, no acrónimo em inglês), que pretende impor um Estado de estilo islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão e animista no sul.
Os dois movimentos extremistas são responsáveis pela morte de mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocamentos internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados do governo e da ONU.
Leia Também: Presidente da Nigéria diz que petrolífera nacional será privada