Líder sul-africano responde a investigação a assalto numa das suas casas
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, respondeu esta sexta-feira por escrito a mais de 30 perguntas da Provedoria da República como parte de uma investigação sobre um caso de roubo milionário da sua propriedade agrícola.
© Lusa
Mundo África do Sul
Em declarações à imprensa, à margem da assinatura de vários acordos bilaterais entre a África do Sul e a Costa do Marfim, em Pretória, Vincent Magwenya, porta-voz do Presidente sul-africano, adiantou que Ramaphosa enviou "uma resposta por escrito à Provedora da República na manhã de hoje", sem avançar detalhes.
O porta-voz presidencial justificou o atraso por motivos de agenda do chefe de Estado sul-africano.
"Não foi o caso de o Presidente demorar a responder às perguntas, foi apenas o caso de ter uma agenda muito lotada, em que tinha várias prioridades para atender", referiu Vincent Magwenya, à imprensa local.
Por seu lado, o porta-voz da Provedoria da República, Oupa Segalwe, confirmou à imprensa sul-africana a receção da resposta por escrito do Presidente Ramaphosa, escusando prestar declarações sobre a investigação.
A Provedora da República, Busisiwe Mkhwebane, suspensa por Ramaphosa desde janeiro, ameaçou esta semana intimar o Presidente da República sul-africano sobre o alegado furto milionário na sua fazenda de Phala Phala, província de Limpopo, de elevadas somas de dinheiro em moeda estrangeira.
Ramaphosa tinha sido inicialmente solicitado a responder à Provedoria no mês passado.
A instituição abriu uma investigação em junho, depois de Ramaphosa ter sido acusado de ter ocultado o roubo de elevadas somas de dinheiro na sua propriedade agrícola.
Ramaphosa, que procura nova reeleição em dezembro como líder do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder), admitiu o roubo, mas nega as alegações, dizendo que denunciou o assalto à polícia.
O Presidente sul-africano também contestou os valores referidos, assegurando que o dinheiro resultou da venda de gado.
A denúncia, feita no passado mês de junho numa esquadra de polícia em Joanesburgo pelo ex-chefe de inteligência Arthur Fraser, que é próximo do ex-Presidente Jacob Zuma, alega que Ramaphosa havia escondido o roubo de "aproximadamente 4 a 8 milhões de dólares" da sua fazenda em Phala Phala, segundo o documento de acusação consultado pela Lusa.
O ex-chefe de inteligência sul-africano acusa Ramaphosa de esconder o roubo da polícia e o dinheiro das autoridades fiscais, de ter organizado o sequestro e interrogatório dos ladrões, e de os subornar para permanecerem em silêncio.
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