Macron promete apoio contra terrorismo na região africana do Sahel
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que o seu país vai reforçar o seu apoio aos países do Sahel na sua luta contra o terrorismo, capacitando os exércitos, incluindo com equipamentos.
© Lusa
Mundo Sahel
"A França também vai intensificar a sua cooperação no domínio da segurança não só com a Guiné-Bissau, mas com os países do Sahel no âmbito de uma estratégia global do combate ao terrorismo em África", destacou o Presidente francês, durante uma declaração conjunta com o seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló, no final de uma visita de trabalho de pouco mais de 12 horas à Guiné-Bissau.
Emmanuel Macron afirmou ainda que situações como golpes de Estado na África Ocidental e ataques de grupos 'jihadistas' aos civis, nomeadamente às populações da etnia Fula (da qual faz parte o Presidente Sissoco Embaló), vão merecer "uma nova abordagem, com nova doutrina e método" da parte da França.
O Presidente francês disse ter abordado com Embaló aquela que considerou ser uma preocupação de vários parceiros: a intensificação de ataques e de atos de violência contra a população civil no Mali, perpetrados por "mercenários, conforme relatórios das Nações Unidas".
"Pude reiterar, no encontro que mantive com o Presidente Sissoco Embaló, a nossa determinação, o nosso firme engajamento, o nosso compromisso de manter todo o apoio aos países do Sahel e em toda a subregião africana, mas também vinquei que a França vai mudar a sua doutrina e os métodos aplicados até aqui", observou Emmanuel Macron.
Macron afirmou que, para Paris, constitui "responsabilidade primeira" dos Estados afetados pelo terrorismo a defesa das suas populações, o que, disse, passará também pela formação, capacitação, acompanhamento e equipamentos dos seus exércitos.
O Presidente francês defendeu ainda que na visão do seu país "a estratégia eficaz" para enfrentar a proliferação de grupos terroristas "é manter uma agenda de segurança conjugada com a prestação de serviços pelo Estado às populações".
Nesse sentido, Macron defendeu que a França acha pertinente avançar para uma sinergia entre a agenda política, securitária e de desenvolvimento que envolvesse os países da África Ocidental, de forma particular.
Falando particularmente dos países recentemente palcos de golpes de Estado militar (Burkina-Faso, Guiné-Conacri e Mali), o líder francê, transmitiu a sua inquietude com "a possibilidade de uma desestabilização da subregião" e aproveitou para reafirmar a condenação da França à tentativa de golpe na Guiné-Bissau, ocorrida no dia 01 de fevereiro passado.
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