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Ucrânia reduz pena de 1.º soldado russo condenado por crimes de guerra

O jovem de 21 anos viu a sua pena de prisão ser reduzida para 15 anos, esta sexta-feira.

Ucrânia reduz pena de 1.º soldado russo condenado por crimes de guerra
Notícias ao Minuto

14:35 - 29/07/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Um tribunal de segunda instância de Kyiv reduziu para 15 anos a pena de prisão perpétua imposta a Vadim Shishimarin, soldado russo de 21 anos condenado por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

Viktor Ovsiannikov, advogado de defesa do jovem, tinha apelado a uma redução de pena para 10 anos, avança a Associated Press.

De acordo com o mesmo meio, o responsável considera, agora, muito provável que Shishimarin seja devolvido à Rússia numa troca de prisioneiros.

Recorde-se que o comandante russo declarou-se culpado pelo homicídio de Oleksandr Shelipov, de 62 anos, na região de Chupakhivka, em Sumy, a 28 de fevereiro.

"Estou muito arrependido. Estava nervoso, na altura; não queria matar... foi assim que aconteceu", referiu, na altura, citado pela Reuters.

Durante o julgamento, que teve início a 13 de maio, o advogado de defesa argumentou que o seu cliente disparou após ter recusado fazê-lo por duas vezes, salientando que a vítima foi atingida apenas uma vez. Disse ainda que Shishimarin atirou contra Shelipov por temer pela própria vida, questionando as suas intenções de levar a cabo um homicídio.

Por sua vez, o procurador estatal Andriy Synyuk afirmou que as declarações do advogado de defesa não alteravam a essência do caso e, consequentemente, a culpa de Shishimarin.

Os dados recolhidos pela antiga procuradora-geral ucraniana, Iryna Venediktova, indicavam que o crime ocorreu depois de o sargento e os seus colegas terem fugido, após dispararem contra um carro particular e o roubarem.

Já em Chupakhivka, viram um homem de bicicleta, a falar ao telefone. Shyshimarin foi, então, instruído para o matar, alegadamente de forma a impedir que este comunicasse a localização das tropas russas às autoridades ucranianas. Assim, o soldado disparou a sua Kalashnikov através de uma janela aberta da viatura, atingindo a vítima na cabeça.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou mais de cinco mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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