O coordenador de comunicações do Conselho de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse em entrevista à cadeia televisiva CNN que o seu país não apoia a independência de Taiwan e que a visita de Pelosi apenas "reafirma a política de uma única China", defendida por Pequim.
Kirby tentou desvalorizar a deslocação, reiterou que no passado outros líderes do Congresso dos EUA visitaram a ilha, e assegurou que o seu país não se considera intimidado pelas ameaças da China, após as advertências de Pequim a Taiwan sobre "consequências catastróficas" se os Estados Unidos "gerirem mal a situação no estreito".
A porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, considerou "difícil imaginar uma ação mais temerária e provocadora", numa referência à visita de Pelosi, e admitiu a possibilidade de "consequências desastrosas caso os Estados Unidos se equivoquem na sua abordagem" e não apenas em Taiwan, mas ainda para a "prosperidade e segurança do mundo inteiro".
Kirby recordou que os Estados Unidos já se depararam com esta "retórica belicista" da China nos últimos dias, semanas e meses, para além de detetarem uma atividade militar chinesa "mais agressiva, mais coerciva" sobre a situação no estreito de Taiwan.
O responsável da Casa Branca reiterou que o Governo norte-americano não se deixará amedrontar e indicou os "compromissos de segurança" decisivos na região: "Temos cinco ou seis tratados de aliança no Indo-Pacífico, levamos a sério esses compromissos e vamos continuar a fazê-lo", frisou.
Kirby disse que a situação será seguida de perto e considerou não existirem motivos para que esta visita se converta numa crise ou conflito, ou que sirva de pretexto para que Pequim efetue uma ação militar, porque os Estados "não alteraram" a sua política face a Taiwan.
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