A verba servirá para "fortalecer a vigilância e reporte de doenças infetocontagiosas na Ucrânia, com particular enfoque nas populações mais vulneráveis" e nas pessoas "com necessidades especiais" que vivem "em áreas remotas", assim como "pessoas deslocadas" internamente.
O anúncio foi feito após uma reunião entre a Administradora Adjunta da USAID, Isobel Coleman, e o Diretor Regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, onde foi discutida uma resposta coordenada dos EUA e da OMS "para apoiar a recuperação da Ucrânia e do sistema de saúde do país".
Com a verba adicional agora anunciada, a USAID já forneceu 15,5 milhões de dólares (mais de 15,2 milhões de euros, ao câmbio atual) à OMS para apoio crítico à saúde desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro.
"Há quase seis meses que o sistema de saúde da Ucrânia enfrenta vários e sérios desafios devido ao conflito. Estamos a assistir a um aumento de casos de covid-19, com um crescimento correspondente de hospitalizações, impulsionados pela variante BA.5 da Ómicron, que se espalhou rapidamente pela Europa desde o início de junho", destacou Hans Kluge.
De acordo com o Diretor Regional da OMS para a Europa, "a guerra afetou as atividades de imunização de rotina para doenças altamente infecciosas e potencialmente fatais, como o sarampo, a poliomielite e a difteria".
Nesse sentido, a OMS aponta como o primeiro de três "objetivos gerais" da "estreita colaboração" com o ministério da Saúde ucraniano a "melhoria das capacidades de diagnóstico laboratorial para detetar e reportar doenças transmissíveis em tempo útil".
A colaboração aponta ainda para "aprimorar os sistemas de vigilância existentes através da vigilância com base em acontecimentos em regiões prioritárias selecionadas" e para "fortalecer os sistemas de informação de saúde, garantindo o fluxo regular de dados e uma melhor monitorização da disponibilidade dos serviços".
Já "sobrecarregado por dois anos de covid-19 antes da guerra", o sistema de saúde ucraniano "precisa de apoio direto para manter funções e serviços essenciais", destacou a OMS, em comunicado.
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