Prossegue o julgamento de Nikolas Cruz, o autor de um massacre num liceu na Flórida, nos EUA, em 2018, e que vitimou 17 pessoas.
Nikolas Cruz abriu fogo no Dia dos Namorados - 14 de fevereiro - com uma espingarda semiautomática AR-15 no liceu Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, do qual tinha sido expulso no ano anterior por "razões disciplinares".
Esta terça-feira, vários pais recordaram a dor de perder os seus filhos e o peso que carregam no peito desde então. Perante os seus testemunhos, nem as advogadas de defesa de Nicolas conseguiram conter as lágrimas.
A defensora pública Tamara Curtis e a advogada Nawal Najet Bashiman tiveram de remover as suas máscaras faciais para limpar os olhos com lenços de papel enquanto se sentavam ao lado do seu cliente, no tribunal do condado de Broward.
O momento emotivo começou quando Tom Hoyer, pai de Luke, de 14 anos, descreveu como a sua família está "irreparavelmente destruída". "Não sei se algum dia encontrarei a paz", disse.
Tom Hoyer perdeu o filho de 14 anos© Reuters
Nikolas Cruz pode incorrer numa sentença de pena de morte, apesar de já ter demonstrado o seu arrependimento. "Lamento verdadeiramente o que fiz, carrego o peso disso todos os dias", disse o jovem de 23 anos, que tinha 19 no dia em que cometeu um dos piores massacres escolares nos Estados Unidos, em outubro do ano passado.
Ao mesmo tempo, expressou o desejo de que coubesse aos sobreviventes a decisão sobre a sua vida ou morte.
Recorde-se que o jovem foi acusado de 17 homicídios em primeiro grau.
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