Irão refere que "a bola está do lado dos EUA" em acordo nuclear
O principal negociador nuclear iraniano, Ali Bagheri, indicou hoje antes da sua partida para Viena, onde vão ser retomadas as negociações indiretas com Washington para relançar o acordo nuclear de 2015, que "a bola está do lado dos Estados Unidos".
© Getty Images
Mundo Acordo nuclear
Em mensagem publicada na sua conta Twitter, Ali Bagheri referiu que se desloca a Viena "para avançar nas negociações" mas acrescenta que "a responsabilidade recai naqueles que não cumpriram o acordo e não conseguiram distanciar-se do funesto legado do passado".
"Os Estados Unidos deveriam aproveitar a oportunidade fornecida com generosidade pelos membros do JCPOA; a bola está do seu lado", acrescentou Ali Bagheri, pedindo a Washington que "mostre maturidade e atue de modo responsável".
Heading to Vienna to advance the negotiations. The Onus is on those who breached the deal & have failed to distance from ominous legacy. The US must seize the opportunity offered by the JCPOA partners’ generosity; ball is in their court to show maturity & act responsibly.
— علی باقریکنی (@Bagheri_Kani) August 3, 2022
O responsável iraniano fazia referência Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA), o acordo assinado em 2015 entre o Irão e cinco potências, e atualmente moribundo.
A partir de sexta-feira são reiniciadas as conversações, quando Teerão está envolvido há mais de um ano em negociações diretas com a Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China, e com os Estados Unidos indiretamente, para relançar o acordo designado Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA).
As negociações de Viena destinam-se a fazer regressar os Estados Unidos a este acordo -- do qual se retiraram unilateralmente em 2018 -- em particular através do levantamento das sanções contra o Irão e garantias do pleno respeito de Teerão pelos seus compromissos.
O acordo de 2015 concedeu uma suavização das sanções ao Irão em troca de restrições ao seu programa nuclear, para garantir que Teerão nunca poderia desenvolver uma arma nuclear, o que sempre negou pretender.
No entanto, após a retirada unilateral dos Estados Unidos sob a administração do ex-presidente Donald Trump, e a reimposição de severas sanções económicas, o Irão também começou a não respeitar os seus compromissos e iniciou uma aceleração gradual do seu enriquecimento de urânio.
A última medida do Irão ocorreu na segunda-feira passada, quando começou a injetar gás a 500 centrifugadoras avançadas, em reação às recentes sanções dos Estados Unidos contra seis companhias asiáticas por terem facilitado exportações de petróleo iraniano.
O atual Presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou pretender um regresso ao acordo, mas as conversações estão num impasse desde março, quando as partes envolvidas pareciam estar perto de um compromisso.
Leia Também: Delegação iraniana regressa a Viena para retomar negociações
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com