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Favorita nas sondagens, mas derrotada no debate. Sunak superou Truss

O ex-ministro da Economia britânico, Rishi Sunak, recolheu esta quinta-feira um maior apoio entre os filiados do Partido Conservador que participaram no debate televisivo com Liz Truss, a outra candidata a suceder a Borin Johnson na liderança do governo.

Favorita nas sondagens, mas derrotada no debate. Sunak superou Truss
Notícias ao Minuto

23:39 - 04/08/22 por Lusa

Mundo Reino Unido

Apesar de Liz Truss ser a clara favorita nas sondagens, para vencer as primárias do partido e assumir o cargo de primeira-ministra, foi Rishi Sunak que convenceu esta quinta-feira mais membros do público, selecionados pela estação Sky News entre os indecisos com direito a participarem no processo.

Estes 'votaram' através do método de braço no ar no final do debate, com a grande maioria a pender para o ex-ministro da Economia.

O modelo fiscal que o próximo Executivo utilizará para lidar com a crise do custo de vida foi o eixo central dos argumentos de ambos os candidatos, que responderam separadamente a perguntas dos presentes e de um jornalista.

A ministra dos Negócios Estrangeiros apresentou o seu plano para manter os impostos "o mais baixos possíveis" e adiar a redução da dívida pública acumulada durante a pandemia, enquanto o ex-ministro da Economia defendeu o seu programa de aumento do imposto sobre empresas e prioridade aos rendimentos para os cofres públicos.

"É importante manter a tributação baixa, fazer tudo o que pudermos para fazer a economia crescer e aproveitar as nossas liberdades após o Brexit", defendeu Truss.

A chefe da diplomacia britânica garantiu que uma recessão "não é inevitável", apesar de o Banco de Inglaterra ter previsto esta quinta-feira que o Reino Unido entrará nesse limiar a partir do quarto trimestre.

Truss também argumentou que "tentar acertar as contas prematuramente" após a pandemia seria "contraproducente".

Por seu lado, Sunak, cuja renúncia como ministro em julho foi fundamental para Boris Johnson deixar Downing Street, alertou que as "luzes da economia estão a piscar vermelho" e garantiu que a prescrição de Truss "piorará a situação".

"Não é a carga tributária que está a causar a recessão, isso é simplesmente errado, é a inflação, que é a raiz do problema", acrescentou.

Apesar do sucesso de Sunak no debate, a liderança de Truss nas sondagens é esmagadora.

Segundo os estudos de opinião desta semana, mesmo que todos os indecisos optassem pelo rival, a diplomata continuava a vencer as primárias por ampla margem.

Na última sondagem divulgada esta quinta-feira pelo influente 'site' ConservativeHome, a ministra tem uma vantagem de 32 pontos percentuais (58% dos votos contra 26% de Sunak), resultado consistente com um outro estudo publicado na quarta-feira pelo YouGov, que apresentava uma vantagem de 34 pontos.

Esta é uma diferença semelhante à que Boris Johnson obteve quando venceu as primárias de 2019, contra Jeremy Hunt.

No campo da política internacional do Reino Unido, ambos os candidatos destacaram a sua intenção de mostrar uma mão forte com a Rússia devido à invasão da Ucrânia, defendendo punições crescentes contra o Kremlin.

"Precisamos de endurecer as sanções à Rússia porque, neste momento, [O seu Presidente, Vladimir] Putin pode financiar a sua máquina de guerra esmagadora graças às receitas de petróleo e gás que está a receber", sublinhou Truss, que prometeu também aumentar o orçamento de Defesa até 3% do PIB até 2030.

Sunak, por sua vez, também assegurou que como primeiro-ministro "iria mais longe" nas medidas de isolamento da Rússia, embora tenha enfatizado que contribuiu enquanto detentor da pasta da Economia para desenhar as sanções atuais.

"Eu mesmo já coloquei em prática as medidas que estão a criar os maiores problemas para [Putin]", atirou.

Johnson demitiu-se da liderança dos 'tories' em 07 de julho, após dezenas de mais de 50 membros do governo se demitirem, incluindo Rishi Sunak dois dias antes, desencadeando uma eleição que vai determinar também o sucessor na chefia do governo.

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