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Bangladesh pede à China para repatriar refugiados Rohingya para Myanmar

O Bangladesh procurou hoje a cooperação da China para repatriar refugiados Rohingya para Myanmar, no decurso de uma visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, que prometeu melhores relações comerciais e mais investimento em infraestruturas.

Bangladesh pede à China para repatriar refugiados Rohingya para Myanmar
Notícias ao Minuto

13:51 - 07/08/22 por Lusa

Mundo Rohingya

A China usou a sua influência em Myanmar para conseguir um acordo em novembro de 2017 para repatriamento de cerca de 700 mil refugiados muçulmanos Rohingya, que fugiram de perseguições em Myanmar em agosto desse ano.

Apesar das tentativas para os repatriar, os refugiados recusaram, receando correr perigo em Myanmar, um medo que cresceu com a tomada de poder pelos militares.

Yi chegou a Daca no sábado e encontrou-se com o primeiro-ministro, Sheikh Hasina, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, A.K. Abdul Momen, tendo discutido questões bilaterais e globais, antes da partida hoje de manhã, disse Shahriar Alam, o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros bengali, adiantou a Associated Press (AP).

O Bangladesh mantém fortes relações com a China, um dos seus maiores parceiros, sobretudo no comércio de matérias-primas, mas manter laços próximos com Beijing é desafiante para o Bangladesh, que tenta equilibrar relações diplomáticas e comerciais com a Índia e os Estados Unidos, os principais rivais da China.

Mais de 500 empresas chinesas estão ativas no Bangladesh e a China tem participação nos principais projetos de infraestruturas no país, como portos, um túnel fluvial e autoestradas, tendo ajudado a construir a maior ponte do país sobre o rio Padma, com um custo de 3,6 mil milhões de dólares.

No decurso das recentes tensões entre a China e Taiwan, o Bangladesh reiterou o seu apoio à política de "uma China única". Depois de ganhar as eleições de 2008, Hasina ordenou o fechou da representação comercial taiwanesa em Daca, em resposta a um pedido da China, tendo a China desde então aumentado o seu envolvimento no Bangladesh.

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