"Este inverno é um inverno chave", disse Podolyak, em entrevista ao jornal diário alemão 'Der Tagesspiegel", sublinhando que não é prudente desligar no final do ano, como previsto, as três centrais nucleares que ainda estão em funcionamento na Alemanha.
Podolyak disse ainda que sem um "novo mapa energético" na Europa muitos países ocidentais, entre os quais a Alemanha, continuarão a pagar a guerra à Rússia com as compras de gás.
"Nós estamos a pagar um preço alto. As pessoas morrem. Esperamos que os nossos parceiros o entendam e façam tudo o que é possível", disse.
Podolyak acrescentou que se trata de garantir uma independência face à Rússia e de manter a segurança no fornecimento energético neste inverno.
A Ucrânia teme que eventuais problemas no fornecimento energético este inverno levem a uma diminuição da solidariedade.
O debate sobre a energia nuclear reavivou-se na Alemanha em consequência da guerra na Ucrânia.
O plano alemão prevê o abandono total do uso desta energia no final do ano, mas o principal grupo parlamentar da oposição, formado pela CDU e CSU, pede o adiamento do desligar das três centrais ainda em funcionamento.
O chanceler Olaf Sholz tem mantido até agora uma posição ambígua sobre a matéria.
Os detratores da energia atómica sublinham que atualmente esta apenas representa 6% da matriz energética da Alemanha e que manter em funcionamento as três centrais aumentaria a quantidade de resíduos atómicos.
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