Presidente quer Colômbia e México como eixo da unidade latino-americana
O novo Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que tomou posse no domingo, defendeu esta segunda-feira que colombianos e mexicanos podem ser os "eixos fundamentais" da unidade latino-americana, destacando a interligação entre as duas nações.
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Mundo Colômbia
O chefe de Estado colombiano recebeu na Casa de Nariño, sede do governo da Colômbia, em Bogotá, o ministro dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard.
"O povo mexicano e o povo colombiano podem ser eixos fundamentais da unidade latino-americana", sublinhou Petro, num vídeo divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do México.
O Presidente colombiano acrescentou que a unidade latino-americana pode tornar-se "uma grande voz no universo".
"Pode permitir que as nossas culturas, o nosso sangue, as nossas lutas sejam bem-sucedidas, avancem e possamos ser o que [o filósofo mexicano José] Vasconcelos costumava dizer: a raça cósmica, a unidade do sangue do mundo", vincou, citado pela agência Efe.
Gustavo Petro também assegurou que a Colômbia e o México têm "histórias genericamente comuns, culturas sem dúvida interligadas e problemas semelhantes".
O governante colombiano defendeu ainda que "a unidade latino-americana não pode ser retórica", razão pela qual pediu união para que a região seja forte num "mundo complexo".
Gustavo Petro tomou este domingo posse em Bogotá, perante centenas de milhares de pessoas, como o primeiro Presidente da República de esquerda na história da Colômbia.
Petro sucede ao muito impopular Iván Duque (2018-2022) para um mandato de quatro anos que inicia com o apoio de uma maioria de esquerda no Congresso.
A vitória conquistada por Gustavo Petro nas presidenciais de junho infletiu o percurso da Colômbia, há muito dirigida por uma elite conservadora, para uma trajetória comum à de outros países da América Latina que efetuaram uma viragem à esquerda.
O antigo líder da oposição das últimas duas décadas na Colômbia assume o cargo com uma série de reformas em mente que criaram fortes expectativas junto dos seus apoiantes desde a sua vitória, em 19 de junho.
Ao seu lado, a ecologista Francia Márquez, de 40 anos, tomou posse como primeira vice-presidente afro-colombiana de um país que tem sido historicamente governado por elites masculinas brancas.
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