Diing Magot, uma jornalista 'freelancer', foi presa, juntamente com cinco manifestantes que organizavam uma ação de protesto contra o vertiginoso aumento dos preços dos bens de primeira necessidade no país, segundo a polícia.
O porta-voz da polícia do Sudão do Sul, Daniel Justine, disse aos jornalistas que está em curso uma investigação sobre o caso de Diing Magot.
A embaixada dos EUA em Juba pediu a libertação imediata da jornalista.
"Reafirmamos o direito dos jornalistas de fazerem o seu trabalho sem interferências ou preconceito", afirmou a embaixada na sua página oficial na rede social Twitter.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Sudão do Sul, Oyet Patrick, juntou-se a este apelo, considerando: "É claro que não cometeu nenhum crime e que a lei não é respeitada", sublinhando que Magot já teria sido presente a tribunal se houvessem acusações contra si.
Os jornalistas têm sido alvo da polícia nos últimos meses, com vários deles detidos recentemente no parlamento, em junho, sob a acusação de estarem a fazer a cobertura ilegal de uma conferência de imprensa do vice-presidente do parlamento, um aliado da oposição.
"A liberdade de imprensa é extremamente precária no Sudão do Sul, onde os jornalistas trabalham sob constantes ameaças e intimidações, e onde a censura é omnipresente", segundo a associação de defesa da liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras.
O Sudão do Sul, como muitos países da África subsaariana, sofreu as consequências da guerra na Ucrânia com o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis.
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