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Crimeia. Força aérea ucraniana diz que explosões destruíram aviões russos

A força aérea ucraniana afirmou hoje que nove aviões de combate russos foram destruídos com as enormes explosões que sacudiram uma base aérea russa na Crimeia, uma perda negada por Moscovo.

Crimeia. Força aérea ucraniana diz que explosões destruíram aviões russos
Notícias ao Minuto

16:30 - 10/08/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

A Rússia rejeita até que se tenha tratado de um ataque, alegando que se tratou de uma explosão acidental de munições na base de Saki, localizada na península anexada pelos russos à Ucrânia em 2014.

Por seu lado, Kiev não assumiu oficialmente a responsabilidade pelas explosões, mas questionou as explicações dos russos, argumentando que não fazem sentido.

Analistas têm especulado sobre um eventual ataque de forças ucranianas com mísseis anti-navio, enquanto um conselheiro do Presidente ucraniano declarou que as explosões teriam sido provocadas por uma arma de longo alcance de fabrico ucraniano ou por forças de guerrilha ativas na Crimeia.

A Rússia exige que a Ucrânia reconheça a península da Crimeia como russa e essa tem sido uma das principais condições para parar a invasão lançada pelo Kremlin em 24 de fevereiro.

Kiev tem vindo a assumir o objetivo de lançar uma contraofensiva para expulsar os russos da Crimeia e repeli-los de todos os territórios ocupados na Ucrânia.

As explosões, que mataram uma pessoa e feriram 14 na base aérea costeira, provocaram o pânico entre turistas que passavam férias perto das instalações, embora as autoridades russas tenham dito que nenhum hotel ou praia foram afetados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.327 civis morreram e 7.257 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 160.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Ucrânia acusa a Rússia de usar central de Zaporizhzhia para ataques

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