Mais de 150 abutres em perigo de extinção mortos na África Austral
Mais de 150 abutres em perigo de extinção foram mortos na África do Sul e no Botsuana nos últimos dois dias, denunciaram hoje grupos de conservação, alertando para o aumento do risco do seu desaparecimento.
© Shutter Stock
Mundo África Austral
Os abutres, à semelhança das hienas e de outras espécies necrófagas, estão entre os animais menos cativantes, mas a razão central do seu abate pelos caçadores furtivos, que os envenenam, passa pela tentativa de evitar que denunciem os seus delitos aos guardas florestais e outros guardiões da biodiversidade.
O envenenamento de abutres não é invulgar na África Austral, rica em vida selvagem. As aves são alvos fáceis dos caçadores furtivos quando se reúnem em voo sobre carcaças.
Entre a centena e meia de abutres mortos nos dois últimos dias, mais de 50 foram encontrados na região de Chobe no Botsuana e mais de uma centena na vasta área do Kruger Park na África do Sul, de acordo com o grupo Vulpro e fontes da rede de parques nacionais sul-africanos.
"A época de criação é agora, o que torna as coisas ainda piores", lamentou o fundador da Vulpro, Kerri Wolter, citado pela agência France-Presse, observando que os filhotes não sobreviverão sem os seus pais nestes primeiros dias da primavera no sul de África.
"Dado o estatuto crítico dos abutres em todo o mundo, intoxicações desta magnitude colocam a espécie em risco crescente de extinção", alertou igualmente Yolan Friedmann, diretor do Endangered Wildlife Trust, uma organização não-governamental (ONG) sul-africana, citado numa declaração.
Além da estratégia de dissimulação levada a cabo pelos caçadores furtivos, uma investigação recente permitiu encontrar alguns abutres amputados. Por outro lado, as suas cabeças são por vezes utilizadas na medicina tradicional, segundo as ONG.
O abutre de costas brancas, também conhecido como abutre africano, está na "lista vermelha" da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas de extinção.
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