Colômbia vai retomar negociações de paz com guerrilheiros do ELN
O alto-comissário do Governo colombiano para a paz, Iván Danilo Rueda, anunciou hoje que a Colômbia vai tomar as medidas necessárias para retomar as negociações com o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN).
© Reuters
Mundo Colômbia
Rueda fez o anúncio em Havana (Cuba), para onde viajou na quinta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros colombiano, Álvaro Leyva, para explorar a possibilidade de reiniciar o diálogo com o ELN.
"Ambas as partes concordaram sobre a necessidade de iniciar o processo de diálogo" para mostrar a "verdadeira vontade" do Governo colombiano e do ELN de procurar a "paz total", "estável, duradoura e sustentável", disse.
O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou querer iniciar negociações de paz com os grupos armados do país num esforço para reduzir a violência nas áreas rurais e implementar a paz.
"Acreditamos que o ELN tem o mesmo desejo de paz que o Governo colombiano. E espero que estejam a ouvir as muitas vozes nos diferentes territórios que procuram uma solução pacífica para este conflito armado", observou Rueda.
As negociações de paz entre o Governo anterior e o ELN foram encerradas em 2019 depois de os rebeldes terem detonado um carro-bomba numa academia de polícia em Bogotá, matando mais de 20 cadetes.
Após esse incidente, as autoridades colombianas emitiram mandados de prisão para os líderes do ELN em Cuba para as negociações de paz. Mas Cuba recusou-se a extraditá-los, argumentando que isso comprometeria o seu estado de nação neutra no conflito e rasgaria os protocolos diplomáticos.
Hoje, o ELN libertou nove pessoas sequestradas no departamento colombiano de Arauca, na fronteira com a Venezuela.
"Comemoramos o regresso dessas nove pessoas às suas casas que estavam nas mãos do ELN desde 13 de julho deste ano (...)", salientou o procurador-geral Carlos Camargo.
Todas essas pessoas foram recebidas pela missão humanitária numa área rural do município de Tame, que fica no departamento de Arauca.
Fundado na década de 1960, o ELN é designado há muito tempo pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos como uma organização terrorista. O grupo tem cerca de 2.500 combatentes na Colômbia e também administra rotas de tráfico de droga, extorsão e minas ilegais na Venezuela.
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