Os criadores de porcos da Califórnia, nos Estados Unidos da América (EUA), expressaram a sua indignação quanto ao atraso da implementação de uma lei, já sugerida em janeiro de 2022, quanto ao bem-estar dos animais.
Apesar de ter sido já proposta, ainda não foi aprovada a medida eleitoral que exige que toda a carne de porco vendida no estado obedeça a normas que assegurem boas condições na criação dos suínos.
Segundo a Associated Press, não só um juiz estatal bloqueou a aplicação da lei devido a um atraso regulamentar como o Supremo Tribunal dos EUA irá ouvir em breve um caso apresentado por um grupo nacional da indústria de carne de porco que se opõe aos regulamentos sugeridos.
Joe Brandt, produtor de porcos, mudou a sua logística há alguns anos de forma a dar mais espaço aos animais e manter as fêmeas grávidas fora das celas com pouco espaço utilizadas pela maioria das quintas. Embora o criador tenha já alterado as condições de produção, muitas grandes explorações não o fizeram.
O produtor americano explicou que queria tratar os porcos de forma mais humana, contudo ao fazê-lo prejudicou o seu negócio familiar e criou preocupações acrescidas, vendo-se obrigado a cobrar preços mais elevados pela carne.
Depois de perderem perante o Tribunal de Recurso do Nono Circuito, as associações nacionais pediram ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos que considere o caso, o que está previsto para outubro.
Caso o tribunal considere a lei da Califórnia inconstitucional, esta não poderá ser totalmente implementada e os produtores de carne de porco poderão continuar a produzir os suínos como até aqui, incluindo a utilização das celas de gestação que protegem as porcas de outros porcos, mas impedem-nas de se virarem.
De salientar que o estado da Califórnia, onde residem 39 milhões de pessoas, consome cerca de 13% da oferta de carne de porco do país.
Leia Também: Foca bebé invade casa na Nova Zelândia e acorda família