Uma nuvem de fumo formou-se com o desmoronamento das oito torres da estrutura, as últimas do bloco norte dos silos, danificados pela explosão de 4 de agosto de 2020, que matou mais de 200 pessoas, feriu 6.500 e devastou bairros inteiros da capital libanesa.
A explosão foi desencadeada num armazém que albergava centenas de toneladas de nitrato de amónio armazenadas sem precauções. Grande parte da população atribuiu a responsabilidade pelo acidente à corrupção e à negligência da classe dominante, de acordo com a AFP.
Por enquanto, o bloco sul é estável, indicou à AFP o engenheiro civil francês Emmanuel Durand, que instalou sensores no interior dos silos.
Em 31 de julho e 04 de agosto, outras torres ruíram, na sequência de um incêndio que deflagrou no início do mês passado, na parte mais danificada dos silos, causado pela fermentação dos restantes 'stocks' de grãos combinados com altas temperaturas, de acordo com as autoridades e peritos.
Desde então, várias torres têm permanecido em chamas.
O incêndio reacendeu o trauma dos familiares das vítimas da explosão de agosto de 2020.
O ministro das Obras Públicas e Transportes libanês, Ali Hamie, tinha dito que 25 mil metros quadrados do porto da capital seriam dedicados à construção de novos silos e acrescentou que o financiamento viria de doadores internacionais e do seu ministério.
Em abril, as autoridades tinham ordenado a demolição dos silos, mas a decisão foi suspensa devido à oposição de familiares, que pretendiam transformar o espaço num monumento às vítimas.
A investigação sobre as causas da tragédia foi suspensa durante meses devido à obstrução política por parte das autoridades.
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